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Edição 638

“Vamos trabalhar com o foco nas pessoas e nas suas necessidades”

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Entrevista a José Fernando, candidato do PSD/CDS-PP à freguesia do Muro

 

A candidatura de José Fernando tem como projetos prioritários a requalificação dos espaços verdes e arruamentos da freguesia, com a construção de um parque infantil.

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O Notícias da Trofa (NT): O que o leva a candidatar-se à freguesia?
José Fernando (JF): A principal razão da minha candidatura são as pessoas. Vamos trabalhar com o foco nas pessoas e nas suas necessidades como fregueses que desejam viver com qualidade de vida numa freguesia cuidada, com acessibilidades e meios de transporte públicos que permitam, a quem não tem alternativa, deslocar-se da freguesia, com regularidade, para os centros urbanos próximos, devolvendo, desta forma, a mobilidade aos Murenses, perdida com a retirada da linha de comboio e acentuada com a redução verificada nos últimos anos dos autocarros que o vieram, supostamente substituir.
Entendo que chegou o momento de ser renovada a forma com o atual executivo, que durante os últimos 12 anos geriu os destinos desta freguesia, tratou dos problemas colocados à Junta de Freguesia do Muro, procurando maior proximidade e disponibilidade para atender às necessidades da população, as quais por mais pequenas que possam parecer, para quem precisa, têm grande importância.
É igualmente uma oportunidade de trabalhar com proximidade e em perfeito alinhamento estratégico com o executivo da Câmara Municipal da Trofa, o qual acredito que, pelo excelente desempenho do Dr. Sérgio Humberto nos últimos quatro anos, será novamente liderado pelo atual presidente da Câmara, algo que a freguesia do Muro também não conseguiu nos últimos anos.
NT: Quais são os projetos que apresenta para o mandato?
JF: Para o mandato assumimos um conjunto de compromissos, os quais cumpridos devolverão, certamente, aos Murenses o orgulho em residir, trabalhar e em desfrutar dos recursos que a freguesia tem para disponibilizar.
Começamos pelo espaço da zona envolvente da Estação, o qual, de entre outros espaços devolutos existentes na freguesia, necessita de ser requalificado e de se apresentar com outro asseio, até porque é uma das portas de entrada da nossa freguesia. Dar utilidade ao edifício não significa a desistência da luta pela vinda do Metro até ao Muro, até pelo contrário, significa a lembrança permanente deste espaço e a nossa pretensão em manter os edifícios, evitando que não acabem ao fim de mais alguns anos em total abandono e degradados.
No que respeita à mobilidade, o nosso compromisso é encetar todas as diligências possíveis, no sentido de conseguirmos uma solução de transporte público, que permita a extensão da linha de Metro, em horários regulares e adequados às necessidades da população.
Ao nível dos espaços verdes espalhados pela freguesia, a par da sua manutenção regular, pretendemos promover a criação de um circuito de manutenção física, dinamizando esses espaços, com a colocação de equipamentos para a prática desportiva, recuperando, em simultâneo, algumas ruas, nomeadamente os caminhos vicinais e os terrenos de utilidade pública. A requalificação paisagística das zonas dos fontanários, também é necessária, para usufruir das mesmas como áreas de lazer.
Quanto aos passeios e ruas da nossa freguesia, verificamos uma necessidade na sua requalificação e limpeza regular, com prioridade para a Rua da Igreja, promovendo uma arborização adequada e cuidada.
A freguesia é atravessada por uma das estradas mais movimentadas da zona norte do país e é premente a necessidade em reforçar a sinalização da estrada nacional 14, de forma a melhorar a segurança dos seus utilizadores, nomeadamente os peões. Para isso, também assumimos o compromisso de construir passeios na estrada nacional 14, de forma a garantir, pelo menos, uma via ao longo de toda a freguesia do Muro.
Ao edifício sede da Junta de Freguesia do Muro precisamos de devolver a dignidade que bem merece pelo valor patrimonial que representa. Pretendemos dinamizar a utilização das suas salas, colocando-as ao serviço de toda a população, continuando a disponibilizar o espaço habitual para as atividades do Grupo de Jovens Sem Fronteiras, assim como pretendemos promover o espólio cultural existente no edifício da Junta de Freguesia do Muro, apoiando todos os que queiram colaborar na sua expansão e divulgação. Também pretendemos recuperar o espaço da Biblioteca do Edifício da Junta de Freguesia do Muro, através da dinamização de atividades culturais e intercâmbio com outras entidades.
Como já referi, no nosso mandato iremos estar focados nas pessoas e temos a felicidade de ter na freguesia instituições e coletividades cuja missão é satisfazer as suas necessidades a todos os níveis, seja cultural, desportivo ou educacional e, por isso, entendemos ser essencial apoiar o seu desenvolvimento, crescimento e interacção, na prossecução dos seus objetivos. Desta forma, unidos, seremos certamente todos mais fortes.
NT: Qual o projeto/área priori-tário(a) caso seja eleito?
JF: A área prioritária é a requalificação dos espaços verdes e arruamentos da freguesia, com especial enfoque na zona envolvente da antiga Estação, mas tendo consciência da dimensão do desafio e, dado que este espaço em concreto não é propriedade da Junta de Freguesia do Muro, iremos intervir de imediato no sentido de devolver o brio e o asseio à nossa freguesia com o arranjo e requalificação das ruas e de outros espaços devolutos que existem na freguesia. A concretização da construção de um parque infantil é o projeto que vai materializar de forma mais imediata a pretensão de requalificar espaços devolutos existentes na freguesia.
NT: Quais as principais carências da freguesia?
JF: As principais carências da freguesia são a dois níveis: por um lado, a limpeza, o asseio e o arranjo das ruas e espaços verdes que existem na freguesia, nomeadamente nas urbanizações, de forma a termos uma freguesia mais cuidada e com maior brio e com espaços dedicados à prática da atividade desportiva; e, por outro, a mobilidade das pessoas que dependem de um meio de transporte público regular para se deslocarem para fora da freguesia, sejam elas estudantes, trabalhadores ou reformados, que precisam de ir simplesmente a uma consulta médica aos centros hospitalares da região.
NT: Considera importante que a Câmara e a Junta de Freguesia sejam governadas pelo mesmo partido político? Porquê?
JF: Sim, considero que, para o desenvolvimento de qualquer freguesia, é de extrema importância que o executivo da Junta de Freguesia esteja em perfeita harmonia e alinhamento estratégico com o executivo da Câmara. A capacidade financeira de uma Junta de Freguesia é, reconhecidamente por todos, escassa e é necessária a sensibilização da Câmara para reforçar essa capacidade, para que se concretizem projetos mais ambiciosos e de maior dimensão. Sendo do mesmo partido político e partilhando da mesma ideologia é, certamente, mais fácil a compreensão mútua das necessidades de cada uma das partes e do momento certo para iniciar e concluir os projetos uma vez que o objetivo é comum e é o de concluir os seus mandatos com os compromissos cumpridos.
NT: Quais as obras que considera mais urgentes a serem realizadas pela Câmara Municipal?
JF: Na minha opinião, é urgente a concretização da variante à EN 14, que, embora não dependendo diretamente do executivo, deve estar como uma das suas prioridades no sentido de envidar todos os esforços e colocar todos os recursos ao seu dispor para forçar o cumprimento de uma promessa política do Governo central. Não se pode deixar comprometer o futuro do concelho da Trofa, que tem sido reconhecido pelo seu dinamismo económico nos últimos anos, pela captação de investimento empresarial e redução drástica do desemprego, por não dispor de acessibilidades ao concelho que promovam um maior interesse em investir e residir no concelho da Trofa. Associada a esta obra também refiro a obra da rotunda da Carriça, de extrema importância para a fluidez do trânsito que chega ao concelho da Trofa por uma das suas “portas” que é, precisamente, o cruzamento da Carriça situado na freguesia do Muro.
NT: Como avalia a evolução da freguesia ao longo dos 18 anos do Município da Trofa?
JF: Desde que o Município da Trofa foi criado a freguesia do Muro foi a que menos beneficiou com a sua criação. É, obviamente, de todas, aquela em que menos se investiu e onde se realizaram menos obras. Apesar da sua localização e de ser cruzada ao longo de toda a sua extensão pela EN 14, não conseguiu captar o investimento necessário em infraestruturas, para que hoje pudesse dispor de alguns serviços públicos que, entretanto, foram alocados em freguesias vizinhas. Com exceção da rede de águas e saneamento, que já cobre quase a totalidade da freguesia, não beneficiamos de mais vantagens com a criação do concelho da Trofa. Contudo, há a reconhecer que com o atual executivo da Câmara Municipal da Trofa, liderado pelo Dr. Sérgio Humberto, a freguesia do Muro passou a ter um tratamento igual ao das restantes freguesias do concelho e conseguiu concretizar algumas obras promovidas pela Câmara, destacando-se a requalificação da EN 318, com a repavimentação e construção de passeios e a requalificação da zona envolvente da Capela S. Pantaleão. Esta nova visão sobre a freguesia do Muro dá-nos garantias que o nosso projeto para a freguesia do Muro, apresentado pela coligação Unidos pela Trofa, será um projeto vencedor, pois conseguirá concretizar, com a colaboração da Câmara Municipal da Trofa, todos os compromissos e, desta forma, devolver o orgulho aos Murenses.

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