Universidade Sénior visita oficina de arte sacra

Da experiência “surpreendente”, os seniores tiveram a oportunidade de observar o processo de esculpir imagens como a de Nossa Senhora de Fátima, em madeira, pelas mãos do “Senhor Brás”.
Já num processo mais avançado, Fernando Duarte dava cor e vida a uma outra imagem de Nossa Senhora de Fátima sob o olhar atento dos visitantes. O proprietário da oficina, Boaventura Matos, “homem ainda bem conservado com 83 anos”, mantém uma “mão segura”. Enquanto dourava a “ouro de lei” as bordas do manto de outra imagem, explicava o procedimento ao mesmo tempo que aplicava “pequenas e finas folhas de ouro” sobre “ornatos previamente desenhados a mordente”. “O Senhor Boaventura mostrou-nos diversas fotografias dos seus trabalhos tanto para Portugal como para o estrangeiro, uma das quais junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, que acabava de restaurar e pintar, em Fátima”, contou Manuel Gomes, aluno da Universidade.
Já o aluno Joaquim Cruz realçou o facto de ter passado uma tarde “agradável” na companhia de uma arte que “é exercida por pessoas já de alguma idade”.
A vila do Coronado precisa de ser conhecida como terra de santeiros, deve “preservar” a sua arte, pelo que “é desejável que haja empenhamento da juventude e apoio das autarquias para que não morra”, acrescentou Joaquim Cruz.
A admiração pelos profissionais foi unânime uma vez que os seniores contemplaram o “difícil” e “minucioso” trabalho dos santeiros.
“É uma arte nobre como todas as outras mas, para mim, para a freguesia do Coronado e todos os que gostam e estão em sintonia com este tipo de obras, é muito importante”, realçou José Ramos, aluno da instituição.