Edição 560
Uma aventura na Escola Napoleão Sousa Marques
Ana Maria Magalhães cresceu a ouvir histórias, quando ainda não imaginava que um dia seria ela a escrevê-las. O que não estava nos seus planos era, também, que um dia as crianças tivessem tanta vontade de a conhecer e de lhe fazer perguntas. Na Escola Básica Professor Napoleão Sousa Marques os alunos do 5.º e 6.º ano quiseram saber mais sobre a autora. O João Monteiro tem 10 anos e é um fã incondicional da saga “Uma Aventura”. Quando lhe falamos de Ana Maria Magalhães é do primeiro livro que leu que ele se lembra: “Uma aventura alarmante”. Na Semana da Leitura conseguiu algo que já há muito ansiava. O João e os colegas conheceram e conversaram com Ana Maria Magalhães e até um autógrafo levaram para recordação. Estas atividades fazem “com que as crianças conheçam os escritores, saibam como eles são, que livros preferem e faz com que as crianças leiam mais”, explica o João. Aos 10 anos este menino da Trofa lê entre 5 a 10 livros por ano, um número que acha que o ajuda a ter ideias para quando vai escrever, um momento que define como “divertido”.
O João considera que para incentivar os jovens à leitura “os escritores deviam ir a mais escolas do país e motivar os alunos a ler mais”, considera. Para um menino de 10 anos, a convicção do João não andará muito longe da dos adultos. A professora Olívia Queiroz, coordenadora das bibliotecas do agrupamento de escolas da Trofa, acha que com estas visitas “os alunos ficam motivados para ler ainda mais”. Ana Maria Magalhães considera que “as escolas devem procurar motivar as crianças para a leitura todo o ano mas, evidentemente, o Dia da Poesia ou a Semana da Leitura são boas ocasiões, onde os professores todos se mobilizam” e, afirma, “dá muito bom resultado”.
Mas, os hábitos de leitura dos alunos desta escola já não são novidade. Aqui, há “uma elevada taxa de leitura domiciliária dos livros da biblioteca”, refere a coordenadora, acrescentando que estes alunos “vão voluntariamente às bibliotecas e levam os livros para casa”. “O que é um bom indicativo”, mencionou.
Ana Maria Magalhães confessou aos estudantes que estavam na sala, um espaço que a fez recuar no tempo e lembrar-se da sala onde conheceu Isabel Alçada, a companheira de ‘aventura, que só deixará de escrever quando “a fonte secar”. A fonte ainda não secou e, depois de “Uma aventura na Madeira”, o próximo livro já está a ser preparado, Conímbriga é o local escolhido.
As redes sociais são “um forte rival para os livros” porque “prendem muito as crianças”. Por isso, “é bom não deixar morrer a leitura, que é uma fonte de enriquecimento que é insubstituível”, diz Ana Maria Magalhães. Para que a leitura não morra são precisos leitores e, é a pensar nisso que, “os livros da aventura têm agora um ritmo mais acelerado, os capítulos são mais curtos embora se mantenham as características da coleção” explica a autora.
O João e os colegas queriam conhecer a autora, o que eles não sabiam era que Ana Maria Magalhães também os queria conhecer. “Tenho muito gosto em ir às escolas, porque preciso do contacto, de os ver, de os sentir, dos olhares, saber o que é que perguntam, saber o que lhes interessa. E compreendo que eles gostem de conhecer quem está por detrás das histórias”, assume a escritora.
Foram muitos os alunos que celebraram a Semana da Leitura com Ana Maria Magalhães, uma manhã diferente na Escola Básica Napoleão Sousa Marques que a autora considera “um modelo de escola que funciona bem”, um espaço agradável e uma escola “igualzinha” aquela que a recebeu em Lisboa, com alunos “muito bem comportados”.
Olivia Queiroz, coordenadora das bibliotecas do agrupamento, acha que a iniciativa “deve continuar”. A Semana da Leitura leva pais, escritores e pessoas da comunidade às escolas para mostrar que um livro é sempre um bom investimento.
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