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Ano 2008

TCA promoveu fórum sobre voluntariado social

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  Falta de incentivos desmotivam jovens a associarem-se ao voluntariado

 O Trofa Comunidade de Aprendentes promoveu mais um Fórum, intitulado “Voluntariado Social”, na Junta de Freguesia do Muro, na passada sexta-feira. Adérito Barbosa, docente da Universidade Católica Portuguesa, foi o orador desta iniciativa.

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Se pensarmos que, à parte das oito horas de trabalho assalariado passamos cerca de 16 horas a fazer voluntariado a abordagem acerca deste tema pode sofrer alguma alteração. As consciências mudam, porque afinal voluntariado faz-se “na família, na religião e na sociedade”. Foi este o princípio fundamental que Adérito Barbosa, professor da Universidade Católica Portuguesa, focou na sua participação no Fórum promovido pelo Trofa Comunidade de Aprendentes, “Voluntariado Social”.

A iniciativa realizada na Junta de Freguesia do Muro, na passada sexta-feira, contou com uma plateia que encheu o espaço, também composta pelo presidente da Junta, Carlos Martins, e vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa, António Pontes.

Da sua experiência no ramo do voluntariado o docente, que é também presidente da Associação de Leigos Voluntários Dehonianos, que prepara voluntários para intervir em Moçambique nas áreas da promoção humana, educação, cultura, saúde e evangelização, sublinhou a separação económica das nações em três sectores, público, privado e um outro em que a acção voluntária é uma das componentes mais importantes.

Não desvalorizando a importância do “trabalho assalariado”, condição necessária à sobrevivência e obtenção de qualidade de vida, Adérito Barbosa referiu que o voluntariado “é fundamental para o fortalecimento da cidadania” e todos os que se associam na execução de uma tarefa sem obter contrapartidas materiais fazem-no para “amadurecimento pessoal” ou por “motivações religiosas”.

“É importante ser voluntário para conseguir uma fácil integração social. Para além disso esta acção promove competências, cria bons hábitos e contribui para uma eficiente participação cívica”, referiu o professor.

A maior percentagem de voluntariados em Portugal (57 por cento) situa-se na faixa etária dos 25 aos 64 anos, seguindo-se os que têm mais de 65 anos e, por último, os jovens com menos de 24 anos. No total existem no país cerca de 207 mil voluntários. Alguns indicadores sobre o início da acção voluntária em Portugal apontam para 1395 voluntários.

Adérito Barbosa sublinhou ainda a importância de “estimular o voluntariado desde a escola” e enunciou a vontade manifestada “por alguns partidos políticos portugueses” em que seja incluído um tema que aborde, especificamente, a acção voluntária, nas disciplinas de Formação Cívica e Educação Moral.

Durante a sessão Adérito Barbosa esclareceu algumas dúvidas ao vice-presidente da autarquia, afirmando que o “interesse dos jovens pelo movimento associativo é baixo”, devido “à falta de incentivos dados às instituições”. “Penso que se os voluntários tivessem algum incentivo podiam prolongar a sua participação”, atestou.

Sobre os índices de voluntariado na Europa, Adérito Barbosa afirmou que são “os países nórdicos” que mais movimentos associativos possuem, já que “desenvolvem muitas acções de sensibilização”. Um dos principais entraves ao aumento do voluntariado em Portugal, na opinião do professor, prende-se com o facto de “a educação passar, especialmente valores e competências científicas. O voluntariado, infelizmente, tem passado um pouco ao lado”.

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