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Edição 602

Secretário de Estado veio a Santiago lançar primeira pedra do novo Centro de Saúde

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Um dos projetos mais ambicionados pelo concelho da Trofa parece, finalmente, ter visto a luz do dia. Com honras de presença do secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, foi lançada a primeira pedra para o novo Centro de Saúde de Santiago de Bougado, na manhã de segunda-feira, 19 de dezembro.

Situado na Travessa dos Carvalhinhos, na Lagoa, este equipamento, que vai custar ao Governo 2,4 milhões de euros, contempla um edifício com área bruta de 2800 metros quadrados, com dois pisos e uma cave, que vai acolher duas Unidades de Saúde Familiar e duas unidades de cuidados primários. Fernando Araújo, que se recusou prestar declarações ao NT, referiu durante a cerimónia que o edifício estará equipado com “15 gabinetes médicos, cinco de enfermagem, salas de tratamento, gabinetes de saúde infantil, de enfermagem, de saúde materna e todas as áreas de apoio necessárias ao funcionamento desta unidade, com qualidade e também criando condições para o ensino e para a formação”.
O governante sabe que estas “são instalações muito ansiadas pelas populações e pelos profissionais”, advogando que, no plano nacional, “vêm consolidar o princípio da defesa na resposta à melhoria contínua no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, adequando os recursos disponíveis a necessidades crescentes das populações”. “As futuras instalações desta unidade de saúde aqui na Trofa vêm substituir as atuais que além de exíguas há muito manifestavam um estado de degradação e deficiências ao nível do circuito do utente e da própria acessibilidade para pessoas de mobilidade condicionada”, acrescentou.
O novo Centro de Saúde está incluído num pacote de investimento do Governo na área da saúde, no valor de “15 milhões de euros” e que prevê a construção e regulação de 30 unidades em todo o País. No distrito do Porto, junta-se a Vilar do Andorinho (Vila Nova de Gaia), Baguim do Monte (Gondomar) e Campo (Valongo).

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“É muito necessário para dar dignidade aos utentes e aos profissionais”
Se havia pessoa que na manhã de segunda-feira irradiava felicidade era Ana Maria Tato. A diretora executiva do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) de Santo Tirso e Trofa sente todos os dias os efeitos da carência de equipamentos de saúde no concelho. “(O novo Centro de Saúde) é necessário para o tamanho da população, para darmos, com toda a dignidade, os cuidados de saúde e condições de trabalho aos profissionais”, assinalou Ana Maria Tato, em declarações ao NT.
Este equipamento vai permitir, segundo a diretora executiva do ACeS, “ter outra unidade de saúde familiar, algo que era impossível nas atuais instalações” e permitir que “a outra Unidade de Saúde Familiar (USF) passe para a acreditação, uma vez que neste momento está quartada de concluir o processo por não ter as condições físicas mínimas necessárias, e dar o acesso a todos os utentes com mobilidade condicionada”. “Há ainda a possibilidade de a outra unidade, que está na cave do edifício, poder constituir-se em USF”, explicou.

Unidades de Saúde podem instalar-se no novo edifício
Segundo Ana Maria Tato, há o “interesse” de instalar, no edifício antigo, a Unidade de Cuidados Continuados e as consultas do IDT, que neste momento funcionam em instalações cedidas pela Câmara Municipal da Trofa.
Por outro lado, o “ideal” seria deslocalizar “as duas unidades de saúde” que funcionam atualmente no edifício antigo para o novo. Mas tal cenário não é certo e poderá sofrer alterações aquando da conclusão da construção do novo Centro de Saúde.

Processo marcado por episódio caricato
Este processo ficará, inevitavelmente, marcado pelo episódio caricato relacionado com o terreno para a construção do Centro de Saúde. O dado foi conhecido durante o mandato de Joana Lima na Câmara Municipal da Trofa, que anunciou que o projeto tinha sido projetado para um terreno na Travessa dos Carvalhinhos, cuja área era inferior ao necessário para instalar o edifício. A solução para este imbróglio foi encontrada graças ao apoio dos Escuteiros de Santiago de Bougado, que tinham um terreno contíguo e cederam-no à autarquia, por troca por outro.

 

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