Edição 472
Santiago de Bougado pode ficar sem Parque das Azenhas
Está em cima da mesa a possibilidade de a autarquia abdicar de uma parte do percurso do Parque das Azenhas. Santiago de Bougado, criando a Freguesia de Bougado, pode perder o único espaço de usufruto público na margem do Rio Ave.
Depois de ter anunciado na Assembleia Municipal que as obras iriam ser retomadas “brevemente”, o presidente da Câmara, Sérgio Humberto, afirmou ao NT que a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) não aceitou as duas propostas do município de alterar o projeto: construir uma plataforma elevatória na zona que ficou mais danificada com a subida das margens do Rio Ave, na zona da Barca em direção a Santiago de Bougado, ou encurtar o percurso nessa mesma zona e crescendo em direção à Esprela, zona que o executivo camarário entende que “não seria tão afetado” pelas cheias.
À nega da CCDR-N para proceder a qualquer uma destas alterações, a Câmara Municipal tem de se cingir ao projeto inicial, no entanto o autarca revelou que “está em questão abdicar do percurso para lá do Ribeiro da Samogueira, em direção a Santiago de Bougado”. “A obra vai ser retomada numa primeira fase entre a zona da Barca até à ponte do caminho de ferro, onde os estragos são mínimos. Quanto à outra, neste momento está uma equipa de fiscalização a quantificar ao cêntimo os prejuízos que foram feitos e quanto é necessário para repor o que foi estragado. Na próxima semana teremos nova reunião com a CCDR-N e vamos ver se vamos recuperar essa parte e de que forma”.
O fim do prazo para a conclusão da obra está apontado para “finais de junho” e caso a autarquia não a conclua até essa data, pode correr o risco de perder fundos comunitários.
Recorde-se que o projeto envolve um investimento de cerca de três milhões de euros, comparticipados em 85 por centro pelo QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional).
O Parque abriu parcialmente até à zona da barca a 15 de setembro e durante o inverno ficou danificado, devido à subida das margens do Rio Ave, sobretudo junto à Quinta do Zé Emílio e estufas da empresa Hortiflor, local onde os terrenos são quase planos, onde em época de cheia, as aguas galgam vários metros as margens do rio Ave.
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