Ano 2010
“Viver melhor a Trofa no futuro”
Palestra sobre “Políticas Públicas para o Desporto e Juventude”, inserida no evento Viver Trofa, contou com pouca adesão de jovens e associações.
O tema era “Políticas Públicas para o Desporto e Juventude”, mas foram poucos os jovens que participaram na palestra que teve lugar no Salão da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, na sexta-feira à noite. E se poucos eram os jovens, menos foram as associações que, no final, levaram para estudo a proposta de Regulamento de Apoio às Associações, apresentada pela autarquia. Com base nesse documento, o movimento associativo tem a oportunidade de enviar sugestões para a Câmara Municipal sobre possíveis alterações, de forma a melhorar e estreitar os relacionamentos com a autarquia. À margem da iniciativa, Teresa Fernandes, vereadora do Desporto e Juventude, garantiu que “esta proposta vai ser debatida com as associações e só depois a Câmara Municipal vai elaborar um novo regulamento”. “Queremos ser parceiros do movimento associativo”, atestou. As associações interessadas em conhecer a proposta e que não tiveram oportunidade de estar presentes na palestra devem contactar a autarquia para, assim, terem a oportunidade de contribuir para a elaboração do novo regulamento.
Associações devem encontrar “formas de se auto-financiar”
O orador convidado da palestra foi Dimas Pinto, especialista em desporto para crianças e jovens, que desceu do palco para conversar com o público sobre “como viver melhor a Trofa no futuro”.
O especialista alertou para o facto de na cidade da Trofa “não existir um espaço para que os jovens pratiquem desportos como andebol e voleibol”. “Os responsáveis pela requalificação do Parque Escolar deveriam ter estas necessidades em conta”, aconselhou.
Num concelho “pequeno, mas com muito associativismo”, Dimas Pinto acredita que as instituições “devem ir à procura das necessidades das pessoas com quem estão a trabalhar”. “O que é necessário na freguesia ou no bairro” e “o que fazer para tornar a associação auto-suficiente” são algumas das questões que os dirigentes devem colocar para que a associação que dirigem alcance o sucesso.
Em época de crise, Dimas Pinto está “convencido” que “com as novas políticas orçamentais nas autarquias, 30 a 40 por cento dos clubes vai fechar as portas, porque são completamente subsidio-dependentes”. “Ou (os clubes e associações) encontram formas de se auto-financiar ou vão ter de fechar”, alertou no final do encontro.
Acima de tudo, as associações devem “planear bem as coisas” e ter consciência de que “leva tempo até que sejam implementadas as novas estratégias”. Dimas Pinto defendeu, ainda, uma “maior aposta na juventude” por parte dos dirigentes: “Quando os jovens são chamados e lhes são dadas responsabilidades, eles assumem-nas e dão conta do recado”.
Em jeito de conselho, o orador referiu que também é importante existir “uma juventude mais crítica e conhecedora”, a quem seja dada “a oportunidade de participar desde já na construção do futuro”.
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