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Ano 2009

Presidente da BIAL admite triplicar facturação para 450 ME com antiepilético Zebinix

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Luis-Portela

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O presidente da BIAL, Luis Portela, admitiu que a comercialização do antiepilético Zebinix, que chega às farmácias no final do ano, permita à empresa triplicar a facturação para 450 milhões de euros nos próximos três a cinco anos.

“Contamos que a facturação da empresa entre os três a cinco anos duplique ou triplique dos actuais 150 milhões de euros anuais”, afirmou Luis Portela.

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O antiepilético da Bial, Zebinix, que será o primeiro medicamento de raiz e patente portuguesa, recebeu a aprovação da Comissão Europeia para ser comercializado, devendo chegar às farmácias no final deste ano.

Luis Portela afirmou ser “difícil” prever como vão decorrer as vendas, já que é a primeira vez que a farmacêutica portuguesa lança um produto à “escala global”.

“Sabemos que este antiepilético é muito melhor do que os que existem no mercado, mas é difícil prever que quota vamos conquistar a nível mundial”, afirmou.

Luis Portela disse esperar, no entanto, que a facturação actual de 150 milhões de euros por ano duplique ou triplique para valores entre os 300 a 450 milhões de euros.

O grupo BIAL investiu mais de 300 milhões de euros nos últimos 15 anos na investigação do Zebinix, esperando um retorno do investimento após “cinco a seis anos” do início da comercialização.

A empresa já recebeu 170 milhões de euros pela concessão do direito de comercialização do fármaco às empresas Eisai e Sepracor, o que vai permitir a sua venda em 38 países.

No início deste ano, a BIAL assinou um acordo de licenciamento e co-promoção com a multinacional farmacêutica Eisai para a comercialização de Zebinix em 36 países europeus, pelo qual vai receber uma contrapartida de 95 milhões de euros.

No final de 2007, a farmacêutica já tinha assinado um contrato de licenciamento exclusivo com a norte-americana Sepracor para o desenvolvimento e comercialização do medicamento nos Estados Unidos e no Canadá.

O pagamento inicial da Sepracor para obter a licença de comercialização naqueles mercados foi de 75 milhões de dólares, podendo vir a ter que pagar mais 100 milhões de dólares ao longo dos próximos anos, segundo a BIAL.

Luis Portela afirmou que a empresa vai manter o objectivo de investir 20 por cento da facturação anual para investigação e desenvolvimento, o que representará 30 milhões de euros em 2009.

Até 2020, o grupo BIAL quer lançar no mercado cinco novos fármacos, existindo já em fase de desenvolvimento clínico um medicamento para a doença de Parkinson e um anti-hipertensor.

“Para estes novos cinco fármacos vão ser necessários muito mais do que 300 milhões de euros de investimento”, afirmou.

O presidente da BIAL escusou-se a revelar como vai financiar essa investigação, adiantando apenas que o grupo terá de “criar condições para esse financiamento”.

“Todo o dinheiro que vai entrar será pouco para as necessidades de investimento que precisamos”, concluiu.

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