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Edição 534

População festeja restauro da Igreja de S. Romão

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Metros de tapete, artisticamente ornamentado de flores de várias cores e odores, multiplicavam-se pelo caminho que liga a Capela de Santa Eulália à Igreja de S. Romão, na tarde de domingo, 26 de julho. Os padrões desenhados indicavam o caminho que o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, tinha de percorrer até ao recém-restaurado interior da Igreja.

O orgulho romanense pela concretização da obra estava estampado na decoração floral, onde se lia “Missão Cumprida”, e no sorriso das mais de mil pessoas que se associaram à festa de inauguração. O poeta não podia ter dito melhor: “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”.

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Cento e cinquenta e mil euros foi o investimento necessário para a profunda intervenção no interior da Igreja de S. Romão do Coronado, que contemplou a restauração do altar-mor, dos altares laterais, dos bancos e dos tetos, a requalificação da instalação elétrica e a pintura.

Sem qualquer recurso financeiro antecipado, a paróquia, sob a batuta do padre Rui Alves, avançou com a obra e, em poucos meses, os fundos foram conseguidos, graças à generosidade da população e do apoio das instituições públicas locais.

Na eucaristia presidida pelo bispo e que marcou a inauguração da obra, foram algumas as vezes que o pároco de S. Romão não conteve a emoção perante a concretização da obra e a demonstração de altruísmo da comunidade. “Babado” foi o adjetivo escolhido pelo sacerdote para descrever o sentimento que reinava naquele momento: “Estou muito feliz. Independentemente da nossa fé, do nosso partido, do nosso clube e das nossas opiniões, quando nos sentimos felizes daquilo que fazemos, e o melhor que podemos ter. É uma responsabilidade muito grande sentir que as pessoas estão a tirar de si para uma causa comum”.

Depois da obra, Rui Alves deseja que a “unidade” demonstrada pela população “prossiga”, através do caminho “que está a ser feito, com a presença de Deus”.

Também D. António Francisco Santos, pela primeira vez em S. Romão do Coronado na função de bispo, se sensibilizou com a mostra de união da comunidade, “que se congregou para levar por diante este belo empreendimento da restauração da igreja matriz, realizando-o de uma maneira tão bela, profissional e competente e cumprindo a valorização do património”.

“Sentimos que as pessoas estão felizes por terem levado por diante esta iniciativa. Há um trabalho social, com a união de todas as entidades, famílias e entidades, e um trabalho cultural e criativo, com as marchas, com os tapetes, com a decoração e essa dimensão está ligada à nossa celebração da fé. E depois há uma afirmação do valor de uma comunidade cristã que está renovada, feliz e unida ao seu pároco e ao seu bispo”, acrescentou.

Face à enchente que já se previa para assistir à eucaristia, a paróquia providenciou um sistema multimédia para que os que não conseguiram entrar na igreja, tivessem a mesma oportunidade de participar na celebração.

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