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Edição 614

Plantel de 71/72 do Trofense reencontra-se

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Quarenta e seis anos separam os dias de hoje dos vividos por aqueles que cumpriram a época 1971/1972 nos seniores do Clube Desportivo Trofense. Grande parte do grupo de jogadores e dirigentes reuniu-se em mais um encontro, no Estádio do Trofense, na manhã de sábado (11 de março), para reavivar memórias de outrora, em que o campo pelado era sinónimo de arranhão a cada tombo e que o amor à camisola era o combustível que fazia a equipa render.
Toninho Cerejo, Domingos, Cardoso, Santos do “Castêlo”, Santos e Vasco Pereira são alguns dos nomes que fizeram parte daquele plantel que militou na 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, e numa época também marcada por algumas dificuldades administrativas do clube.
Na altura, sentir o emblema foi essencial para recuperar o vigor da coletividade, porque a alternativa foi apostar na “prata da casa”. “Éramos de luta, jogadores da terra que viviam o clube. Gostávamos disto e quem vinha ver os jogos eram, na maior parte, os nossos familiares. Hoje em dia, a realidade é muito diferente, o dinheiro tudo paga. Quando é preciso um contrato, eles correm que se fartam, mas depois abrandam”, argumentou Vasco Rodrigues, um dos jogadores de 71/72. Joaquim Santos complementa: “Para mim, jogar no Trofense era o máximo que podia desejar”.
E o facto de se apostar nos jogadores da terra não significava que a qualidade escasseasse, segundo contou Vasco Rodrigues: “Agora, qualquer miúdo de dez anos vai para o FC Porto, mas naquela altura não havia essa possibilidade de transporte. Tenho a certeza que, na altura, havia jogadores que podiam aspirar a outros voos”.
Diz o antigo jogador que “quem vinha ver os jogos garante que nunca viu tão bom futebol como naquele tempo”.

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