Ano 2010
Pinto da Costa na Trofa
As bandeiras azuis e brancas agitadas e as buzinas de motos e automóveis anunciavam a chegada da comitiva azul e branca à Câmara da Trofa. Lá dentro o executivo municipal, todo ele com “coração de dragão” aguardava Pinto da Costa, presidente do FC Porto
Foi em ambiente descontraído mas animado que a presidente da Câmara da Trofa Joana Lima e os restantes rês vereadores socialistas receberam o presidente do Porto e a comitiva azul e branca que se deslocou à Trofa para participar nas comemorações do 14 º aniversário da casa portista da Trofa.
Pinto da Costa e a comitiva que o acompanhava começaram a visita com uma recepção nos Paços do Concelho. Para o presidente azul e branco “foi uma alegria” descobrir que todo o Executivo camarário defende as cores do FC do Porto. “Encontrar uma vereação toda portista não é muito comum e é uma garantia, para a Trofa, que o concelho que vai progredir”, brincou Pinto da Costa. “Eu fico muito feliz sempre que sou recebido nos Paços do Concelho, porque entendo que esse é o coração de qualquer terra. Fiquei muito feliz com a notícia de que todo o Executivo é portista, mas a minha felicidade só será completa quando puderem assistir, como merecem à inauguração dos Paços do Concelho da Trofa” referiu no seu discurso, recebendo uma grande ovação do público.
Portista assumida, Joana Lima não escondeu a satisfação de receber Pinto da Costa na sede do município. “É uma honra para mim receber o Presidente do FC do Porto, como receberia outro presidente que mostrasse vontade de vir à Trofa, porque acredito que para bem receber, também é preciso a outra parte mostrar vontade de vir à Trofa”.
Com a música do Rancho das Lavradeiras da Trofa como fundo, dezenas de adeptos e simpatizantes aguardavam, à porta da Casa do Porto, a chegada da caravana, para terem a oportunidade de cumprimentar o presidente e de gritar pelo clube nortenho. Depois da ovação inicial, Pinto da Costa e Fernando Gomes fizeram o gosto à pena, neste caso aos marcadores, e assinaram dezenas de objectos, desde cachecóis, camisolas, bandeiras e até simples folhas de caderno. Mas pelas mãos dos conhecidos portistas passaram, também, objectos menos comuns, como foi o caso de uma máquina fotográfica de um profissional da comunicação social ou o telemóvel de um jovem adepto. “Hoje aconteceram três coisas interessantes e que nunca me tinham acontecido. Foi a primeira vez que dei um autógrafo numa máquina fotográfica. Foi a primeira vez que dei um autógrafo num telemóvel. E foi a primeira vez que vi um antigo árbitro, recadeiro de alguém num jornal, escrever que um golo de um canto foi mal validado, porque havia fora de jogo”, satirizou o dirigente portista, no seu estilo irónico.
Presidente da Casa do Porto desde a sua formação há 14 anos, Diamantino Silva faz um “balanço positivo” do seu funcionamento, pois a Casa do Porto “foi durante muitos anos a verdadeira Casa da Cultura da Trofa, quando esta ainda não existia e hoje continuamos a ser um prolongamento da Casa da Cultura, porque a Casa da Cultura é muito bonita, mas não tem as condições que nós temos aqui para, por exemplo, realizar concertos de jazz ou da Banda de Música da Trofa”. “As actividades culturais na Casa do Porto têm sempre casa cheia e estão abertas a todos os trofenses e não só aos portistas”, frisou o responsável.
Diamantino Silva recebeu elogios pelo seu trabalho, tanto do dirigente portista, como da edil trofense.
Pinto da Costa chamou a atenção para o facto de “mais difícil do que inaugurar uma Casa do Porto é manter essa casa e, 14 anos depois, é com satisfação que vejo que a casa está cada vez mais bonita e que se mantém pujante e com o mesmo entusiasmo”.
Joana Lima agradeceu a Diamantino Silva “por ter agarrado este projecto há 14 anos e por ter conseguido manter viva a Casa do Porto, sempre com muita actividade. Só assim é que os portistas serão campeões, mostrando-se fortes e coesos.” “Esta casa diz-me muito” afirmou a autarca, lembrando a “história do edifício”, outrora o cine-teatro Alves da Cunha, “que foi o teatro que nós tivemos na nossa infância e juventude”.
Os padrinhos da casa, Manuel Serrão e Fernanda Ribeiro, marcaram presença na festa de aniversário. O conhecido portista partilha a opinião de Diamantino Silva sobre a vertente cultural da Casa do Porto: “é uma honra ser padrinho de uma casa que é um orgulho para o Porto, mas também para os amantes do desporto e da cultura e para os trofenses em geral, porque a forma como esta casa tem tido vida para além do futebol é um exemplo para o país e para as outras casas do clube”.
Seguindo a sua veia cultural, a Casa do Porto recebe, depois de comemorar o 14º aniversário, um concerto da Banda de Música da Trofa, no dia 17.
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