Ano 2007
PCP preocupado com problemas sociais
As questões económicas e sociais que preocupam todo o país foram debatidas pelos membros trofenses do Partido Comunista Português – PCP, que no passado domingo se reuniram na Escola do Cerro 1, em Guidões.
O PCP da Trofa esteve reunido, no dia 18 de Novembro, para debater todas as questões económicas e sociais que têm vindo a preocupar os portugueses. Esta conferência vem no seguimento de outras já promovidas pelo partido, tendo surgido "porque os membros da direcção do partido acharam fundamental a realização de uma conferência nacional sobre as questões económicas e sociais", explicou António Queirós, representante do PCP da Trofa.
O desenvolvimento económico negativo, segundo estes militantes, irá afectar a situação social do país "que a médio prazo se poderá complicar", referiu o representante.
De forma mais aprofundada falaram na "ameaça do governo" em retirar o apoio às IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social, medida que será aplicada em Janeiro de 2008 e que, segundo António Queirós, "fará com que muitas IPSS não consigam sobreviver, havendo muitas crianças que a partir desta altura deixem de poder frequentar estes locais, passando a ficar no ATL da escola. Alguns destes estabelecimentos apresentam poucas condições, as salas são pequenas e não há um acompanhamento devido às crianças, não por incapacidade técnica, mas porque os técnicos são insuficientes", afirmou.
Relativamente ao concelho, os comunistas falaram na questão do desemprego, "que é superior à média nacional", segundo o representante trofense, "o presidente da Câmara tem vindo a falar na capacidade de captação de novas empresas, que no papel é uma verdade, mas que na realidade não está em funcionamento". Por conseguinte, a situação de desemprego tem aumentado no país e no concelho em particular, originando "algumas situações já embaraçosas para algumas famílias que passam mais dificuldades e não arranjam emprego", referiu.
A falta de uma creche pública no concelho foi um problema para o qual Queirós chamou a atenção. Ele considera haver uma ineficácia da protecção de crianças e jovens, visto que este órgão "identifica os problemas, mas depois não tem capacidade para os resolver, porque não tem entidades de apoio na sua retaguarda que permitam apoiar devidamente essas crianças".
Em jeito de conclusão, António Queirós afirmou estar "satisfeito por estes nove anos do concelho", afirmando que "realmente valeu a pena esta luta". Apesar de sentir que nem tudo foi feito pela população trofense, "há uma maior proximidade entre todas as freguesias, o que antes era impossível".
Sem referir os aspectos negativos, congratulou a população trofense "que se deve cada vez mais interessar pelo concelho, vale a pena lutar, porque temos muito ainda para alcançar", concluiu.
No final desta conferência realizou-se ainda um pequeno magusto, onde participaram todos os membros do partido.
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