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Edição 555

Património edificado do concelho em fotografia

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Através da sua perspetiva, cada utente do projeto “(Re)Inserir na Trofa” fotografou o património edificado da sua freguesia, que agora está em exposição na Casa da Cultura até ao dia 30 de janeiro. A exposição de fotografias, denominada Roteiro Fotográfico da Trofa, foi inaugurada na tarde de sábado, 9 de janeiro, num ambiente familiar e cheio de simbolismo.
Através de uma apresentação, os utentes do projeto afirmaram que o Roteiro foi “uma experiência única”, porque tiveram a oportunidade de fazer, pela “primeira vez, algo que provavelmente não fariam se não fosse este projeto”. “Através do Roteiro Fotográfico reconhecemos e conhecemos e hoje estamos em grupo, em família, dando a conhecer parte de um património cultural deste nosso concelho, que poucos conhecem e muitos desconhecem”, declararam.
O projeto “(Re)Inserir na Trofa” é desenvolvido pela Associação de Solidariedade e Ação Social (ASAS) de Santo Tirso. Helena Oliveira, presidente da ASAS, explicou que este trabalho fazia parte do “plano de atividades deste projeto” e que foi promovido com os presidentes de junta do concelho. Depois da exposição, cada freguesia vai reunir “um júri, que engloba o presidente de Junta, um freguês e o próprio utente”, para “escolher a melhor fotografia da freguesia” para ser utilizada “num postal ilustrado”. De seguida, o trabalho será apresentado à Câmara Municipal da Trofa, com o objetivo desta “fazer uma nova gama de postais do concelho da Trofa para venda no posto de Turismo”. “Era um objetivo interessante, social e que promove este trabalho gráfico e o concelho da Trofa”, completou.

Projeto continua por mais dois anos
Durante a inauguração da exposição Roteiro Fotográfico da Trofa, foi anunciado que o projeto “(Re)Inserir na Trofa”, que tem cerca de 30 utentes, vai continuar durante mais dois anos. Uma notícia que Helena Oliveira considera ser “uma manifestação de confiança e de credibilidade na instituição e na forma como o projeto tem sido gerido”. “É para nós uma honra que o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) tenha depositado esta confiança em nós. Na Área Metropolitana do Porto, este é o único projeto que existe no âmbito das substâncias aditivas e portanto vamos continuar a dar o melhor”, complementou.
A presidente da ASAS adiantou que pretende fazer “um plano mais ambicioso para estes dois anos”. Como os utentes “já adquiriram mais competências”, o plano terá como objetivo “voltá-los mais para o exterior”, para que se “insiram na sociedade de uma maneira cada vez mais autónoma”.
Helena Oliveira recordou que, quando o projeto arrancou, os utentes consideravam-se “uns perfeitos excluídos”, tendo ao longo destes quatro anos ganho “autoestima”, estando agora na altura de lhes “dar asas para que se tornem a envolver com a sua família e com o resto da sociedade”.
Ainda na apresentação do projeto, os utentes referiram que este projeto tem sido o seu “chão, teto, mesa, pão e água em alimento e espiritualidade. “Aqui somos nós mesmos sem medo de olhares e dedos apontados. Em ambiente de amizade, igualdade e companheirismo, partilhado entre todos, podemos aprender, conhecer, aprofundar, aperfeiçoar, visitar, criar, inovar, construir, evoluir e acima de tudo mudar e nascer de novo”, terminaram.

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