Edição 560
Para os jovens, violência no namoro “é normal”
Um em cada quatro jovens acredita que a violência no namoro é normal e “cerca de 31 por cento dos rapazes” acha legítimo pressionar a parceira para ter relações sexuais. Estes são alguns dados, nada animadores, de um estudo da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) realizado no âmbito do projeto Artways – Políticas Educativas e de Formação contra a Violência e Delinquência Juvenil. O estudo, apoiado pelo Programa Cidadania Activa da Fundação Calouste Gulbenkian, apresentou os primeiros resultados depois de questionar 456 jovens de 32 escolas do distrito do Porto, entre os 11 e os 18 anos.
Aproveitando os dados deste estudo, as técnicas Carla Lima e Cristina Alves, da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), dinamizaram uma palestra sobre “a violência no namoro que têm vindo a crescer”, através do convite da Associação de Estudantes da Didáxis de Vale S. Cosme, em Vila Nova de Famalicão, de forma a assinalar o Dia de S. Valentim. “Esta Associação encarou este dia de duas perspetivas, uma mais positiva e alegre, e outra mais triste e até infeliz, resultante da interpretação errada do amor”, contou Carla Lima, referindo que estas sessões são “muito importantes para a consciencialização dos jovens sobre os mitos que existem no que concerne a relações amorosas”.
As técnicas adiantaram que este momento demonstrou que “há necessidade de dar continuidade a estes momentos de sensibilização, prevenindo e evitando relações abusivas, uma vez que existem muitas situações de violência no namoro, tal como comprovam os recentes estudos”.
A ação de sensibilização surge no âmbito do CLDS Trofa – 3G Motor de Oportunidades, promovido no âmbito Fundo Social Europeu (FSE), Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).
Aproveitando os dados deste estudo, as técnicas Carla Lima e Cristina Alves, da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), dinamizaram uma palestra sobre “a violência no namoro que têm vindo a crescer”, através do convite da Associação de Estudantes da Didáxis de Vale S. Cosme, em Vila Nova de Famalicão, de forma a assinalar o Dia de S. Valentim. “Esta Associação encarou este dia de duas perspetivas, uma mais positiva e alegre, e outra mais triste e até infeliz, resultante da interpretação errada do amor”, contou Carla Lima, referindo que estas sessões são “muito importantes para a consciencialização dos jovens sobre os mitos que existem no que concerne a relações amorosas”.
As técnicas adiantaram que este momento demonstrou que “há necessidade de dar continuidade a estes momentos de sensibilização, prevenindo e evitando relações abusivas, uma vez que existem muitas situações de violência no namoro, tal como comprovam os recentes estudos”.
A ação de sensibilização surge no âmbito do CLDS Trofa – 3G Motor de Oportunidades, promovido no âmbito Fundo Social Europeu (FSE), Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).
63 jovens acham natural
a violência física
Segundo os resultados do estudo da UMAR, foi ainda possível concluir que “27 por cento” dos jovens inquiridos consideram normal a violência psicológica e, “pelo menos, sete por cento” já foi vítima de agressão física. O estudo mostra que 63 dos 456 jovens inquiridos acham natural a violência física desde que não deixe marcas. Mas, a quantidade de rapazes a achar que a violência física é natural e legitimada é quase o dobro da quantidade de raparigas.
Depois da agressão, pelo menos 12 por cento diz que acabou por perdoar o/a agressor/a e pelo menos oito por cento diz não ter dado importância ao sucedido, enquanto apenas quatro por cento optou por pedir ajuda. Destaque ainda para o facto de 31 por cento dos rapazes contra dez por cento das raparigas considerar legítimo pressionar para ter relações sexuais, havendo até “dois por cento” dos jovens que já foi vítima deste comportamento.
Os jovens consideram que atos como pegar no telemóvel do companheiro sem autorização ou proibir o uso de determinadas peças de roupa são considerados normais numa relação, mas a presidente da UMAR, Maria José Magalhães, alertou que apesar de parecer “inofensivo a ideia de controlo, de que o meu namorado é minha posse, já são sinais de violência”.
a violência física
Segundo os resultados do estudo da UMAR, foi ainda possível concluir que “27 por cento” dos jovens inquiridos consideram normal a violência psicológica e, “pelo menos, sete por cento” já foi vítima de agressão física. O estudo mostra que 63 dos 456 jovens inquiridos acham natural a violência física desde que não deixe marcas. Mas, a quantidade de rapazes a achar que a violência física é natural e legitimada é quase o dobro da quantidade de raparigas.
Depois da agressão, pelo menos 12 por cento diz que acabou por perdoar o/a agressor/a e pelo menos oito por cento diz não ter dado importância ao sucedido, enquanto apenas quatro por cento optou por pedir ajuda. Destaque ainda para o facto de 31 por cento dos rapazes contra dez por cento das raparigas considerar legítimo pressionar para ter relações sexuais, havendo até “dois por cento” dos jovens que já foi vítima deste comportamento.
Os jovens consideram que atos como pegar no telemóvel do companheiro sem autorização ou proibir o uso de determinadas peças de roupa são considerados normais numa relação, mas a presidente da UMAR, Maria José Magalhães, alertou que apesar de parecer “inofensivo a ideia de controlo, de que o meu namorado é minha posse, já são sinais de violência”.
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