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Edição 497

Para mais tarde recordar

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Cavaco, Durão Barroso, Passos Coelho e Pires de Lima. Dias memoráveis para a direita portuguesa e cada vez mais tristes para a maioria dos portugueses.
Cavaco Silva só parece despertar quando algum amigo aparece por casa. O nosso estimado mordomo das Lages estava mortinho por ter uma medalhinha pelos serviços prestados ao país. E realmente fez por isso. Basta comparar o Portugal e a Europa de 2004 e de 2014. Nesta limpeza de escamas feita por Cavaco Silva a um possível candidato do PSD às próximas eleições presidenciais, o discurso acaba por ser incongruente. Relembremos: Durão Barroso foi para presidente da Comissão Europeia, defender os interesses europeus e não para defender os interesses portugueses. O que tinha em mente o Presidente da República quando afirmou no seu discurso que “Portugal muito beneficiou pelo facto de termos à frente da União Europeia um português, conhecedor da realidade portuguesa (…) e testemunhar quanto Portugal beneficiou da acção”? Será que tinha em mente o “não” dado ao financiamento da variante EN 14 dado por Bruxelas? Porque não interveio Durão Barroso quando alguém justificou o “não” com o argumento de “as estradas criam dinheiro por alguns meses, mas não criam emprego que alimenta as famílias no futuro”? Onde estava o ex-primeiro-ministro de um governo PSD/CDS conhecedor da realidade portuguesa? Provavelmente estava a ouvir a Sra. Merkel. Também de nada valeu aos autarcas da Maia, Trofa e Vila Nova de Famalicão, todos eleitos numa coligação PSD/CDS, o apelo feito ao governo de coligação PSD/CDS. Os trofenses não precisam de apelos divinos, apenas de justiça nas suas reivindicações.
Entretanto o homem do “que se lixem as eleições, o que interessa é Portugal” parece ter entrado em modo campanha eleitoral. A sua voz subiu algumas oitavas e ninguém sabe se está a falar na Lapa ou em São Bento. Já o arrastar de voz presente nas intervenções na Assembleia da República do ministro Pires de Lima indica que este estará a pensar na sua próxima carreira: cantor e marialva. E nem a famosa Catherine Deneuve faltou.
António Costa? Tem uma linha vermelha à sua volta chamada Pacto Orçamental Europeu.
(Por decisão pessoal, o autor do texto
não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)

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