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Edição 670

Olhar o cinema nacional

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Crónica: Vasco Bãuerle

Caros Leitores,
Espero ter sido de proveito para os vossos apetites cinematográficos as sugestões da minha última crónica e faço votos para que a próxima reserve, igualmente, agradáveis surpresas.
Por falta de confirmação até à data da última crónica, refiro agora dois filmes que fecham o mês de Maio. CABARET MAXIME, do realizador Bruno de Almeida, estreia a 28 de Maio. É em Nova Iorque, que vai realizar a maior parte do seus filmes, destacando-se THE LOVEBIRDS (2007), THE DEBT (1993) e ON THE RUN (1999). O seu mais recente filme aborda a história de Bennie Gaza, dono do Cabaret Maxime, que terá de se bater por manter o seu clube à tona, alheio a pressões mundanas e a tentativas de corrupção (Fonte: ICA).
A 31 de Maio estreia HISTÓRIA DE UMA SURFISTA, de Joaquim Sapinho, um filme na linha do seu anterior, DESTE LADO DA RESSUREIÇÃO (2011) que toma o “surf” como mote. Com um vasto historial na área, Joaquim Sapinho conta já com uma modesta reputação no panorama do cinema nacional, após o badalado CORTE DE CABELO (1995).
Transcrevo agora a menção feita ao filme IMAGENS PROIBIDAS, erradamente anunciado na primeira crónica, ao qual, desde já, peço as mais sinceras desculpas. A 1 de Junho estreia o filme IMAGENS PROIBIDAS de Hugo Diogo, realizador de MARGINAIS. Baseado na obra de Pedro Paixão, “Saudades de Nova Iorque”, retrata as venturas e desventuras de David, que procurando escapar a um amor perdido, foge de Londres para Lisboa, e, com ele, traz um projeto, recriar o amor entre duas mulheres que não se conhecem, que comunicam através dele e das fotografias Polaroid.
A 14 de Junho estreia o mais recente filme de Edgar Pêra, CAMINHOS MAGNÉTICOS, que, segundo define o próprio, retrata “alguém que se apercebe que o dinheiro não é tudo, no dia do casamento da sua filha com um homem mais velho, rico, e é toda uma noite de dúvidas, hesitações, consignações, que faz com que a sua consciência vá evoluindo e tenha outra perceção do mundo”. Seguindo um estilo muito próprio, afirma, a “ideia é criar um universo totalmente artificial, no domínio da imaginação em que não existam limites realistas”.
Feitas as breves apresentações aos filmes do mês de Maio e Junho, faço agora menção ao festival FEST Festival Novos Realizadores | Novo Cinema, que se define como “uma celebração única de novo cinema e de novos cineastas”. Nos dias de hoje, os festivais assumem um papel preponderante na promoção de novos cineastas e novos filmes, dificilmente acessíveis ao grande público, proporcionando debates, conferências de imprensa e outros eventos sociais. Assumem-se assim como os espaços, por excelência, de mostra de produções e novas formas de expressão cinemática.
O festival FEST, que vai na sua 14.ª edição, toma lugar entre os dias 18 e 25 de Junho de 2018 e propõe “criar um espaço onde cineastas emergentes possam mostrar e promover o seu trabalho, assim como desenvolver os seus conhecimentos e partilhar oportunidades, criando ao mesmo tempo novos públicos para o cinema independente”. Uma oportunidade interessante para conviver e fomentar a cultura cinéfila dos nossos ilustres leitores.
Até à próxima rubrica, e, até lá, boas sessões de cinema!

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