Trofa
O olhar de Lauren Maganete que combina com a realidade da Cruz Vermelha (com vídeo)
“O Paraíso São os Outros”, cuja inauguração foi apadrinhada pelo escritor Valter Hugo Mãe, é a conciliação da sensibilidade da artista com as causas da instituição.
Um olhar singular que desafia à reflexão sobre a humanidade e as relações interpessoais. Até 28 de novembro, é o que o público pode fazer no Auditório Tomé Carvalho, da Cruz Vermelha da Trofa, com a exposição de fotografia de Lauren Maganete.
“O Paraíso São os Outros”, cuja inauguração foi apadrinhada pelo escritor Valter Hugo Mãe, é a conciliação da sensibilidade da artista com as causas da instituição.
“A escolha das imagens foi muito baseada nos padrões e nas questões sociais da Cruz Vermelha. Escolhi com base na solidariedade, da queda, das pessoas necessitadas, para que o público visse nelas tudo aquilo que elas passam para chegarem até à Cruz Vermelha, porque é preciso ter necessidades básicas para recorrer a uma instituição como esta”, explicou a artista, no dia da inauguração, que aconteceu a 28 de setembro.
Lauren Maganete inspirou-se, também, na obra de Valter Hugo Mãe, que fez questão de marcar presença no evento, na Trofa. “Gosto muito que a Lauren Maganete possa usar um livro meu para organizar uma exposição, porque eu sou um admirador do trabalho dela e impressiona-me, particularmente, a forma como ela capta coisas que são discretas ao olhar comum, mas que depois de fotografadas ganham uma evidência e importância quase monumental”, referiu o escritor, que também já tem ligação próxima com a instituição trofense.
A resposta positiva sem hesitações da artista ao convite para expor na Trofa sensibilizou a direção da Cruz Vermelha. “O tempo foi muito escasso, tivemos apenas 20 dias para preparar a exposição, mas fiquei encantada com a prontidão dela”, confidenciou Conceição Campos, vice-presidente da delegação.
A celeridade na resposta, segundo Lauren Maganete justifica-se pela ação da instituição, que “tem causas muito dignas”, e pelo facto de as questões sociais estarem “na ordem do dia”. “Cada vez temos mais pessoas carenciadas e com necessidades básicas, então, para mim é extremamente importante contribuir de alguma forma para que a arte chegue a estas pessoas”, acrescentou.
A exposição conta com a colaboração da Fundação Dionísio Pinheiro & Alice Cardoso Pinheiro.
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