Ano 2009
O NOSSO CENTRO URBANO
Não é centro geométrico
O recente anúncio da Câmara Municipal de que não vai construir os Paços do Concelho no Parque de Nossa Senhora das Dores, veio, de certa forma, reabrir a discussão sobre a localização do Centro Cívico.
Estando, como estava, em discussão a possibilidade de três localizações, a possibilidade de localização no quarteirão da serração da capela pode ter ganho um novo fôlego, tendo em conta que muitos adeptos dessa localização se opunham à existência de construções no parque.
Defendi, e continuo a defender, que o importante é a decisão da localização e o projecto, estando sujeito a outras contingências, seria objecto de discussão futura.
Penso que a localização junto à capela, na serração, ou no bairro da capela, saiu prejudicada desta confusão toda e pelos boatos de demolição da capela de Nossa Senhora das Dores, impensável mas que assustou muita gente.
Continuo a pensar que é a melhor localização. Continuo a pensar que o abandono do centro urbano da cidade seria um erro que custaria muito caro no futuro.
Não creio que a Trofa esteja interessada a, daqui por alguns anos, candidatar-se a fundos públicos, ou recorrer a fundos próprios, para obras de recuperação do centro urbano porque houve um grupo de iluminados, a nossa geração, que decidiu criar novas centralidades.
A Trofa tem hoje um centro muito pobre que deve desenvolver antes de pensar em novas centralidades.
A Trofa tem hoje, nesse centro um cancro que é necessário eliminar e a construção da Domus Municipalis seria uma oportunidade de ouro para erradicar esse cancro.
As novas centralidades justificam-se, na minha muito modesta opinião, quando os centros estão saturados.
Há defensores do centro geométrico para a localização de Centro Cívico. Ora, os Centros Cívicos nunca se localizam nos centros geométricos, mas sim nos centros urbanos porque é aí o ponto de referência para todos os cidadãos.
Apesar de prejudicada pelos boatos, e possíveis erros de concepção, esta localização deve ser defendida por todos quantos entendam que os centros urbanos das cidades devem ser preservados e não abandonados.
O abandono dos centros das cidades já mostrou, em muitas cidades deste país, e não só, os erros que têm sido cometidos.
Significa isto que esta é a única solução para os Paços do Concelho? Não. Já admiti que outra das soluções também poderá ser uma boa solução, mas tem questões pendentes, como uma urbanização privada ainda pendente, tanto quanto sei, e o protocolo com a Refer.
Os defensores doutras soluções são menos trofenses que eu? Claro que não, nem é do que se trata.
Trata-se, na minha opinião, de não nos deixarmos encantar por soluções que parecem maravilhosas, mas que terão custos agravados, no futuro, e que serão pagos com o dinheiro dos impostos.
E continuo a pensar que o terreno da antiga feira deve ser integrado no Centro Cívico.
O próprio Parque de Nossa Senhora das Dores, sem construções, obviamente, deve integrar o mesmo Centro Cívico. Só terá a beneficiar.
O que é necessário é que exista um bom estudo para o local.
Afonso Paixão
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