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Ano 2009

Natureza em fúria

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teresa-fernandes

O Homem ocupa cada vez mais a superfície do nosso planeta Terra, organizado em sociedades cada vez mais organizadas, complexas e ditas modernas, mas cada vez mais em total desrespeito pela Natureza.

Sismos, ondas de calor, vagas de frio, ciclones, tornados, secas, incêndios florestais são alguns exemplos de catástrofes naturais que ocorrem cada vez com mais frequência, não escolhendo nem continente, nem país, nem classes sociais.

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Embora não esteja cientificamente provado que existe uma causa directa entre os atentados ambientais e as catástrofes naturais, eu acredito que a Natureza reage aos danos irreversíveis que o Homem nela provoca e as catástrofes naturais acontecem.

O sismo de 6,3 na Escala de Richter registado em Itália, provocou centenas de mortos, milhares de desalojados, destruiu aldeias completas e chocou o mundo.

Cheias na Colômbia provocaram mais de 50 000 desalojados, cheias no Brasil levaram 10 000 famílias a perderem as suas casas e bens e tantos outros exemplos, apenas registados em poucos dias.

As ondas de calor e as vagas de frio são cada vez mais frequentes e repentinas em distintas épocas do ano afectando a saúde e levando muitas vezes à perda de culturas.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia o passado mês de Março foi extremamente quente e seco, registando-se valores de precipitação inferiores à média e temperaturas superiores às consideradas normais.

Assim o mês de Março de 2009 tornou-se o 6º mês com temperaturas mais altas desde 1931.

E agora que chegamos a Abril, aqui temos tempo de verdadeiro Inverno!

O clima está cada vez mais estranho e imprevisível, as estações do ano confundem-se e as oscilações de temperatura aumentam o que provoca grande instabilidade e preocupação.

Com um mês extremamente quente e seco os incêndios florestais ocorreram em grande número, chegando a registar-se mais de 1300 incêndios e em alguns dias mais de 300 deflagraram, consumindo milhares de hectares de matas e florestas.

Embora os incêndios florestais sejam consideradas catástrofes naturais, porque consomem e destroem floresta, a verdade é que as causas na sua grande maioria não são naturais.

Elevada percentagem dos incêndios florestais, segundo dados disponíveis, devem-se à acção humana, quer por negligência ou acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer intencionalmente.

São as catástrofes naturais que mais afectam o nosso país, não só pela frequência, mas sobretudo pela extensão que alcançam e pelos efeitos destrutivos que causam com elevados prejuízos para a economia, para a sociedade e para o ambiente.

No nosso concelho, no mês de Março, registaram-se já vários incêndios e num território cujo mais de metade é floresta, não se pode descuidar e teremos de estar todos atentos para prevenir e para evitar a destruição deste nosso recurso natural de extrema importância.

Temos de nos habituar para as alterações no clima, períodos alternados de muito frio e muito calor e extremamente secos ou excessivamente chuvosos e prevenir as consequências.

As campanhas de sensibilização e os meios de prevenção e socorro aumentam, mas uma vez mais não podemos estar à espera que os outros previnam e resolvam, temos que também contribuir, evitando comportamentos de risco para a floresta.

Se todos contribuírem poderemos diminuir este flagelo, que são os incêndios florestais no nosso país e concelho, mas quanto às restantes catástrofes ambientais, resta-nos esperar que a Natureza nos poupe da sua “fúria”.

Acredito que ainda vamos a tempo de remediar algumas situações, mas para tal todos temos de contribuir, começando por exemplo por poupar água e separando o lixo para reclicar.

A Natureza agradece…

 

 

 

 

Teresa Fernandes

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