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Edição 756

Na última década, cada trofense pagou 260 euros de juros do Município

Anuário Financeiro coloca Trofa com 7.º maior equilíbrio financeiro em 2020

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A Trofa, 7.º concelho do país com maior equilíbrio financeiro em 2020, pagou, na última década, mais de dez milhões de euros em juros. A melhorar a posição económica desde que recorreu ao PAEL (Programa de Apoio à Economia Local), o concelho ainda está no lote dos que apresentam maior passivo exigível.

A Trofa foi o sétimo concelho do país com maior equilíbrio financeiro, em 2020. Este dado consta do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, editado pela Ordem dos Contabilistas Certificados e da autoria dos professores Maria José Fernandes, que coordena a investigação, Susana Jorge e Pedro Camões, que foi apresentado em conferência de imprensa a 13 de dezembro.
Segundo o documento, que vai já na 17.ª edição, a Trofa apresentou uma execução orçamental de 75,1%, percentagem que, porém, está abaixo dos cinco anos anteriores, nos quais, por exemplo, atingiu uma execução de 85% (2018). O ano passado, apenas os municípios de Estarreja, com 75,1%; Póvoa de Varzim, com 75,2%; Penalva do Castelo, com 75,3%, e Velas, Cinfães e Loulé, com 75,4%, tiveram maior equilíbrio orçamental.
A Trofa surge também no 26.º lugar da tabela dos municípios com maior volume total de despesa paga em juros entre 2010 e 2020. Na década, desembolsou 10 milhões e 62 mil euros nesse compromisso, o que, dividido pelos 38612 habitantes do concelho (censos 2021), equivale a uma despesa por habitante de mais de 260 euros.
Ainda sem dados do último ano (2021), a Trofa gastou, no último mandato, 1,15 milhões de euros em juros, bem abaixo dos montantes dos outros mandatos – 3,3 milhões entre 2010 e 2013 e 5,6 milhões entre 2014 e 2017.
No lote de municípios com maior valor no passivo exigível, a Trofa aparece no lugar 43, com 27 milhões e 389 mil euros, menos 15,4 milhões que o referenciado em 2014.
O município trofense foi, em 2020, o 27.º com maiores resultados económicos líquidos em 2020, com 3,7 milhões de euros de superavit, o mais pequeno desde 2015. Neste capítulo, o concelho apresenta resultados positivos desde 2012.
O Anuário traça também a realidade das empresas municipais. A Trofa surge representada pela Trofáguas que, segundo o estudo, foi a 12.ª entidade municipal com mais fraco resultado económico em 2020, com prejuízo de quase 351 mil euros. Só em 2013 tinha apresentado um resultado pior, com -772 mil euros.

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