Edição 595
Ministro do Ambiente afirma que antiga linha de comboio “não está ao abandono”
Questionado pelo grupo parlamentar do PCP, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou que o antigo canal ferroviário “não está ao abandono” e atribui responsabilidade de manutenção das pontes na EN 14 e EN 318 à empresa Infraestruturas de Portugal.
A petição lançada para exigir a intervenção urgente das pontes que cruzam o antigo canal ferroviário, que foi desativado em 2002, fez o grupo parlamentar do Partido Comunista Português questionar o ministro do Ambiente sobre que medidas o Governo vai diligenciar para “garantir a segurança e a saúde pública das populações residentes junto do canal da antiga linha do campo, na zona do Muro”.
Assim como a petição, os deputados comunistas Ana Virgínia Pereira, Diana Ferreira e Jorge Machado dão voz à “imensa preocupação” dos habitantes da freguesia do Muro, “pelo estado em que se encontram as pontes que atravessam o canal da antiga linha”, nomeadamente as que se situam nas estradas nacionais 14 e 318, junto aos semáforos da Carriça e à que está localizada atrás do cemitério do Muro, na Rua Luís Pinto. Na pergunta enviada ao ministro, os comunistas afirmam que as estruturas “apresentam fissuras nas junções e infiltrações de água nos pilares, que podem levar a um desmoronamento”.
Os deputados vão mais longe e ainda questionam a tutela sobre se tem conhecimento “do problema de saúde pública existente na zona”, com “a escorrência de águas residuais com dejetos humanos e animais, junto às habitações”. “Como tenciona o Governo resolver estas questões, de forma a garantir a segurança e a saúde pública das populações residentes junto do canal da antiga linha do comboio na zona do Muro?”, questionaram os deputados.
Na resposta, documento a que o NT teve acesso, o ministro refere que “o antigo canal não está ao abandono, uma vez que é periodicamente inspecionado pela Metro do Porto e pela sua subconcessionária, que inclusivamente faz trabalhos de desmatação e limpeza sempre que se justifique”. Matos Fernandes fez ainda saber que a responsabilidade das pontes sobre as estradas nacionais 14 e 318 é da empresa “Infraestruturas de Portugal”, não explicitando se está previsto algum estudo para avaliar a segurança das estruturas ou alguma intervenção junto das mesmas. Já sobre a ponte que está atrás do cemitério, a tutela refere que “é da responsabilidade da Câmara Municipal do Porto”.
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