Milhares rumaram ao S. Gonçalo (C/Vídeo)

Entre os dias 22 e 25 de janeiro, as Festas de S. Gonçalo atraíram milhares de pessoas a Covelas.

A comissão de festas pediu e S. Pedro concedeu. O bom tempo permitiu, que pela estrada ou pelo monte, milhares de pessoas, a pé, de bicicleta, de mota ou a cavalo, cumprissem a tradição de se deslocar às festas de S. Gonçalo, puxar a bengala ao Santo e de provar o rojão e o vinho novo.

Além do convívio, há ainda quem aproveite e organize a caminhada com o intuito de angariar verbas, como foi o caso do grupo Juventude Sem Fronteiras do Muro. O valor angariado reverte para a sua viagem às Jornadas Mundiais da Juventude, em Cracóvia, onde vão estar com o Papa Francisco.

Cada vez mais, as festas de S. Gonçalo têm atraído milhares de betetitas, como é o caso do grupo Amigos do Pedal que, “há 17 anos”, tem organizado o Passeio do Rojão, pela forma “descontraída de se poder pedalar” e porque faz parte da “cultura betetista começar o ano” com esta romaria, que “dá sorte” a quem cá vem, segundo contou o presidente do grupo, Paulo Machado Ruivo.

Há ainda quem tenha criado um kit de sobrevivência para a romaria a S. Gonçalo, constituído por “vinho, chouriço, bagaço e regueifa”. Filipe Toga e André Fernandes “não vão ao S. Gonçalo sem o kit”, pois é ele que os ajuda “a manter as forças o dia todo” e a “chegar a Trofa outra vez”, uma vez que fazem o percurso a pé.
Ao longo de quatro dias, as festas foram animadas pelos cabeças de cartaz Canário e Zé Amaro, pela Banda Arraial Show, por André Marinho e as suas Andreletes e pela Banda de Música da Trofa.

A vertente religiosa não foi descurada, com a procissão em honra de S. Gonçalo a marcar o ponto alto.

A tesoureira da comissão de festas, Isaura Marques, fez um balanço “muito positivo”, porque a adesão foi “muito grande” e “não” contavam “com semelhante”. “Acho que nunca vi um sábado à noite de S. Gonçalo com muita gente. A opinião não é só minha, mas de várias pessoas com quem falamos”, afirmou, com Fernanda Martins, elemento da comissão, a acrescentar que foi “um arraial à maneira” e “cinco estrelas”.

Isaura Marques referiu que os elementos da comissão de festas sentem-se “ótimas, contentes e felizes” por verem o trabalho recompensado e até “já começam a ter saudades” dos momentos que passaram a organizar estas festas. No entanto, o grupo de mulheres está disponível para “ajudar e dar apoio” à próxima comissão de festas, uma vez que têm que “dar a vez” a outros. “Talvez daqui a meia dúzia de anos a gente pegue na festa”, concluiu Fernanda Martins.