Edição 560
METRO PARA A TROFA – Honrar compromissos, pôr fim a esta vergonha
O alargamento da linha do Metro até à Trofa é uma justa aspiração da população, que ganha sentido cada dia que passa desde que, em Fevereiro de 2002, parte significativa da população da Trofa ficou sem o comboio e com a promessa (nunca cumprida) de, no seu lugar, ser garantida a mobilidade com o alargamento da linha do Metro do Porto.
Das quatro linhas originárias da primeira fase do projecto do Metro do Porto, só a linha Verde não foi construída em toda a sua extensão. As outras três linhas viram inclusivamente os trajetos originários alargados – até ao estádio do Dragão, no caso das linhas Azul e Vermelha, até Santo Ovídio, a linha Amarela. A linha C – Verde, no entanto, iniciou a sua operação em 30 de Julho de 2005, primeiro entre a estação de Campanhã e o Fórum da Maia e um pouco mais tarde, em 31 de Maio de 2006, até ao ISMAI. Mas nunca mais arrancou a sua conclusão até ao centro da cidade da Trofa conforme o previsto originariamente e confirmado mais tarde, em 2007, aquando da assinatura de um Memorando de Entendimento entre a o Governo e a Junta Metropolitana do Porto.
Em 5 de Junho de 2015, cerca de quatro antes das Eleições, a Assembleia da República chumbou uma proposta do PCP que propunha que o Metro fosse construído até à Trofa até ao fim do primeiro semestre de 2016.
Esta proposta foi chumbada com a abstenção do PS (que achava que era um prazo muito curto para executar a obra) e o voto contra do PSD e do CDS (que achavam que só depois de 2015 haveria condições financeiras para se lançar a obra).
Na campanha eleitoral, todos os Partidos reafirmaram a vontade de reparar esta dívida que o Estado português tem com a Trofa e a sua população.
Pois bem, o PCP que sempre honrou os seus compromissos com a Trofa, volta ao assunto e entrega esta semana na Assembleia da República um Projecto de Resolução que prevê “a construção da ligação do ISMAI à Trofa, enquadrada no prolongamento da Linha C (Verde) do Metro do Porto, a concretizar até ao final de 2017.”
Sobre os responsáveis políticos por este atraso e sobre quem se aproveitou (e aproveita) das aspirações das populações para “caçar” o voto, escreverei noutra altura.
Agora, é a hora da verdade. Já não há mais lugar a desculpas.
Da parte do PCP, cumprimos sempre a palavra dada, defendemos sempre o direito da população da Trofa à mobilidade e achamos inaceitável que há 14 anos estejamos sem comboio nem Metro.
Que cada um assuma as suas responsabilidades!
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