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Memórias e Histórias da Trofa: S. Pantaleão – devoção dos murenses

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Quem deseja fugir ao trânsito da Carriça e vai em direção a S. Romão e S. Mamede do Coronado, tem sempre a alternativa de fazer o desvio na Nacional 14 e em poucos segundos está a passar próximo à capela de S. Pantaleão.

Reconheço que, com pena minha, a freguesia do Muro é das menos abordadas nestas crónicas, contudo, tal razão pode ser justificada com as suas reduzidas dimensões e por respeitar imenso o trabalho de outros historiadores desta praça, que têm feito um trabalho brilhante do conhecimento de todos sobre este território.

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Pretendendo abordar na presente história uma breve súmula de mais uma das muitas edificações religiosas, referência para a Capela de S. Pantaleão, tratando-se de uma capela de traça simples, sem grandes pormenores arquitetónicos que terá sido construída anteriormente ao século XVII, tendo sofrido várias obras de ampliação com o passar dos séculos.

A ampliação de uma capela é algo perfeitamente normal, atendendo que havia um aumento crescente de população, como também não deve ser ignorado o aumento de rendimentos da população local, que permitia, obviamente, fazer uma melhor construção no futuro.

Sendo importante acrescentar um parêntesis neste ponto, a capela, nas memórias paroquiais de 1758, é referida como sendo propriedade do seu povo, pelo que se este tivesse poucos rendimentos, os seus templos, por certo, seriam mais modestos, como também é importante aludir à questão das suas romarias, caso tivessem um impacto mediático grande, as suas oferendas iriam ser maiores e obviamente a construção e qualidade da ermida iam ser de maiores dimensões.

Falamos então de um pequeno templo que sofreu bastantes obras no século XX, permitindo ter o seu atual aspeto, localizado num local aprazível que tem sofrido várias obras para se tornar atrativo para a vida da sua comunidade. Que belo que era ter uma abertura maior para aquele espaço na captação de investimentos, permitindo construir um parque de lazer e recreio de maiores dimensões para a comunidade que o visita, como também deveria ser dotado aquele espaço de mais e melhores condições para as festividades em honra de S. Pantaleão, como permitir uma maior segurança rodoviária para quem cruza a estrada que está colocada no seu topo.

A caminhar para os mais de 300 anos de história, o que provavelmente já aconteceu, a capela de S. Pantaleão vai reforçando o seu papel na história dos murenses e do concelho da Trofa.

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