Memórias e Histórias da Trofa: Apontamentos para a história de Guidões

Em virtude do forte crescimento industrial, Guidões tem vivido momentos de muita pujança económica, possivelmente com pouco ou nenhum paralelismo na Trofa num passado muito recente.

Todavia, o interesse deste território pela indústria não é recente e nos séculos XVIII e XIX era onde se localizavam as famosas fábricas de tecidos, popularmente conhecidas por droguistas, que trabalhavam a matéria-prima e produziam um tecido bastante grosso, de seu nome baetas.

Sabemos que dessas fábricas pouco ou nada chegou aos nossos dias, o tempo fez questão de apagar a memória e fez com que o sentimento de industrialização tivesse apagado e, em pouco tempo, a imagem de uma freguesia rural fosse a sua imagem de marca.

A sua localização próxima ao Castro de Alvarelhos poderia ser um elemento potenciador para o desenvolvimento da sua identidade, contudo, este conjunto de equipamentos acabou por escolher outras paragens para se desenvolver.

Os anos foram-se passando e, no final do século XVI, temos os primeiros registos paroquiais desta freguesia que, analisando essa documentação, ficamos com uma vastíssima fonte de informação fundamental para quem estuda genologia.

As décadas foram-se passando e o crescimento da sociedade fez com que fosse necessário um novo templo para que a sua comunidade tivesse o seu espaço de religiosidade de reencontro e, fundamentalmente, de esperança no futuro. No século XVIII, em 1731, terá havido obras que reconfiguraram o templo para ter novo aspeto ao público.

Um século e meio depois, em 1879, talvez devido à melhoria das condições de vida da sua população, eis que temos uma igreja “praticamente” nova, fruto de uma grande reforma que foi acontecendo e que trazia uma nova configuração para aquele tempo.

Os anos foram passando e a escrita da narrativa da história foi-se alterando com o passar dos anos, poucas memórias foram ficando na mente de um povo que orgulhosamente todos os anos presta o seu tributo a S. João.