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Memórias e Histórias da Trofa: A batalha do Partido Progressivo vs Partido Regenerador na Trofa

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Nos finais do século XIX e inícios do século XX quando a República ainda era uma ilusão em solo pátrio português, não impedia esse fato de suposta tranquilidade política com a continuação do regime monárquico, porém as rivalidades políticas eram constantes sobretudo entre dois partidos políticos que tentavam dominar a agenda política.

Eram os principais blocos dessa contenda política, o Partido Progressivo e o Partido Regenerador que se iam revezando no poder político e a principal diferença entre si era principalmente que o Partido Progressivo como o próprio nome indica desejava conferir uma reforma da sociedade com várias alterações por exemplo no sistema de eleição de deputados entre outras medidas.

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A rivalidade entre estes dois partidos era bastante aferroada e a sociedade iria-se dividir de forma evidente e inequívoca, ao ponto de serem criadas várias associações em muitas das localidades nacionais em que os partidários de cada fação se iam reunindo.

Na Trofa essas rivalidades iriam-se fazer sentir no ano de 1900, concretamente no dia 30 de dezembro em que se iria concretizar mais umas eleições autárquicas, concretamente para a junta de paróquia e escrevia-se na imprensa que a generalidade dos paroquianos de S. Martinho de Bougado eram alinhados ao Partido Progressista.

Fazendo uma simples crítica das fontes, obviamente que à distância temporal da ocorrência destes factos poderá ser uma afirmação tendenciosa, sendo que era comum os partidos políticos terem órgãos de comunicação próximos de si, não sabendo para “que lado caia” a preferência política do Jornal de Santo Thyrso.

Alegadamente o padre local, o Padre Albino Santos era mais próximo do Partido Regenerador e subitamente iria alterar a normalidade das suas práticas religiosas ao realizar a sua habitual missa domingueira na Capela de Nossa Senhora das Dores, após ter anunciado no domingo anterior que iria realizar essa mesma missa na Igreja Matriz.

Argumentavam na imprensa os membros do Partido Regenerador que aquele ato era um ato triste do pároco, tecendo palavras bastante duras contra a sua figura, asseverando que devido a esta prática vários fiéis acabariam por ficar sem missa e também teriam ficado impedidos de votar e tudo devido a um plano para haver uma eleição mais diminuta no Partido Progressista.

Atendendo a este tipo de argumentação podemos perceber que esquemas e jogadas de bastidores acompanham provavelmente a prática política desde tempos bastante recuados.

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