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Edição 437

Mais de mil quilómetros solidários

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Ricardo Santos e Luís Dinis completaram a “Aventura Solidária”. Pedalaram o caminho francês de Santiago e regressaram, também de bicicleta, à Trofa. Verbas angariadas com “venda” dos quilómetros vão ser transformadas em alimentos, que ajudarão duas associações.

Passavam poucos minutos das 14 horas de 20 de agosto quando Ricardo Santos e Luís Dinis chegaram ao Centro Comunitário da ASAS, em S. Martinho de Bougado. O conta-quilómetros apontava mais de 1000 feitos desde o início da Aventura Solidária, que começou em Saint-Jean-Pied-de-Port, França, e acabou na Trofa.

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O projeto dos dois amigos, amantes do ciclismo, passava por aliar o desafio de percorrer o caminho francês de Santiago com uma ação solidária. Decidiram então “vender” os quilómetros, solicitando um euro por cada um dos 800 que cada um ia pedalar. No final, as verbas angariadas seriam convertidas em géneros alimentares e oferecidos a duas instituições: ASAS, da Trofa, e Centro Social e Paroquial de Brufe, de Vila Nova de Famalicão.

Ao chegarem a Santiago de Compostela, Ricardo e Luís chegaram à conclusão que era possível cumprir mais um desafio: regressar, igualmente de bicicleta, à Trofa. Assim o fizeram, terminando no Centro Comunitário da ASAS, onde lhes esperava uma calorosa receção.

Ao NT, Luís Dinis fez um “balanço positivo” da aventura. “Foi uma viagem muito importante para nós, para percebermos o que somos capazes de fazer. Correu tudo muito bem, sem acidentes e apenas com pequenas avarias”, contou.

Os amigos esperavam que a viagem “ia ser mais difícil”, mas “a boa preparação” ajudou no cumprimento do desafio, até em menos dias que o previsto. “Prevíamos fazer em 12 dias, mas só precisamos de nove”, referiu Luís Dinis.

O “calor”, a “acumulação de quilómetros” e “subidas aos 1500 metros” foram as principais dificuldades enfrentadas pelos dois amigos que ficaram impressionados com “a dimensão” do caminho francês de Santiago. “Pelo caminho, encontramos milhares de peregrinos a pé, todos os dias”, relatou.

Os dois aventureiros aproveitaram para “agradecer a todas as pessoas que compraram quilómetros” e “aos patrocinadores”.

No final da aventura, Ricardo e Luís não tinham dúvidas: se a viagem, por si só, já é uma experiência inesquecível, associá-la a uma causa nobre faz com que “tenha muito mais significado”.

Depois de recuperarem as energias com uns dias de férias, até para recompensar a família, os amigos voltam a juntar-se para contabilizar os fundos angariados e entregar os alimentos às associações.

 

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