Crónicas e opinião
Linha do Equilíbrio: Quando o peso é um problema de saúde!
“Para além das enumeradas, a obesidade está relacionada com o sofrimento psicológico, como à baixa autoestima, aos sentimentos negativos de culpa, de rejeição e de vergonha, à ansiedade e à depressão.”
No passado, existia uma crença em que a obesidade e o excesso de peso eram encarados como sinais de saúde e de prosperidade. Nas mulheres era mesmo um excelente indicador para a procriação, enquanto no homem transmitiam a sensação de força.
A partir da segunda metade do século XX, a obesidade passou a ser entendida como uma condição bem mais complexa e de origem multifatorial, estando associada a um aumento de imensas comorbilidades e, até mesmo, mortalidade, passando a abordagem a esta condição a ser considerada um problema de saúde pública.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a definir a obesidade como uma condição crónica caracterizada pelo acumular excessivo de gordura corporal e que traz repercussões à saúde e impactos na qualidade de vida.
Assim, fica percetível que a obesidade está associada a um grande número de doenças, incluindo as doenças cardiovasculares, as doenças metabólicas, as doenças oncológicas, as dificuldades respiratórias, as doenças reumáticas, as doenças do aparelho digestivo, entre outras. Para além das enumeradas, a obesidade está relacionada com o sofrimento psicológico, como à baixa autoestima, aos sentimentos negativos de culpa, de rejeição e de vergonha, à ansiedade e à depressão. Surge associada ainda, a fatores externos e de índole social, como o preconceito de que pessoas obesas têm pouca força de vontade ou são mesmo preguiçosas. Em conjunto, todos estes fatores tendem a que a pessoa se isole, que tenha mau desempenho na escola, no trabalho e nas tarefas do quotidiano.
Atualmente, existe uma grande pressão exercida sobre as pessoas para que se tornem fisicamente “perfeitas” com o seu índice de massa corporal. Os estudos recentes revelam que há um crescente aumento das preocupações com a autoimagem e com o peso, o que poderá conduzir à insatisfação corporal.
Esta insatisfação com o próprio corpo afeta negativamente as pessoas, nomeadamente os seus comportamentos alimentares, podendo conduzir às perturbações alimentares, tais como a compulsão alimentar, a anorexia, a bulimia ou, num polo oposto, ao excesso de peso e à obesidade, provocados pela frustração de não conseguirem atingir os seus objetivos de controle de peso, bem como pelo aumento da necessidade de ingestão dos alimentos ricos em gordura e açúcar como forma de saciar os seus desejos. Paralelamente, para contrariarem o seu aumento de peso, algumas das pessoas, com excesso de peso ou obesidade, tentam imensas restrições alimentares, dietas, fármacos, referindo que, para além de não terem sucesso com os mesmos, às vezes, ainda ganham peso.
Neste vai-e-vem de emoções, por norma com avanços e recuos, procura a psicologia compreender o indivíduo, ajudando na descoberta de uma ou as várias causas para cada realidade, que passará sempre pela aceitação da sua condição (ainda que momentânea) e a definição de um plano equilibrado de vida. Neste processo, para além do psicólogo, poderá ser necessária a intervenção de outros profissionais: médicos, nutricionistas, orientadores de treino físico, entre outros.
A identificação das causas tornar-se-á relevante e permitirá a definição de um plano adequado para que cada um se possa sentir em melhor harmonia com o seu corpo e com a sua mente. Para algumas pessoas, perder ou manter o peso estável pode ser um desafio, mas acredite e “não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”!
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