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Linha do Equilíbrio: Aproveitar os raios de sol…!

Com este cenário, de noites mais longas e de dias mais curtos, a luz solar escasseia, além de diminuir a sua qualidade, o que convida a um maior refúgio dentro de casa, podendo potenciar o aparecimento de alguns sintomas depressivos, que podem conduzir à denominada “depressão sazonal”.

Sandra Maia

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A chegada do outono traz consigo a mudança da paisagem! A cor da natureza fica menos verdejante, as folhas caem, as temperaturas diminuem, chove mais e a luminosidade diminui, os dias ficam mais cinzentos e tristonhos!

Com este cenário, de noites mais longas e de dias mais curtos, a luz solar escasseia, além de diminuir a sua qualidade, o que convida a um maior refúgio dentro de casa, podendo potenciar o aparecimento de alguns sintomas depressivos, que podem conduzir à denominada “depressão sazonal”.

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Esta forma de depressão, relacionada com as estações do ano, colhe explicação na ciência e resulta no efeito produzido em dois neurotransmissores: a SEROTONINA, que regula o humor, o apetite e a nossa tolerância à frustração; e a MELATONINA, hormona responsável pela manutenção dos ciclos de sono. Assim, quando a exposição solar diminuí, o cérebro também parece diminuir a produção destas hormonas, podendo potenciar o aparecimento de sintomas negativos, tais como: a tristeza, a irritação, a insónia, com o consequente aumento da sensação de cansaço (fadiga permanente e perda de energia) e de sono.

Para além dos sintomas referidos, acrescenta-se ainda a alteração do apetite, as dificuldades de concentração e do processamento de informação, a perda de interesse pelas atividades diárias, o aumento do isolamento social e de sintomas mais emotivos, tais como os ataques de choro, a angústia e os sentimentos de culpa.

Assim, a depressão, seja sazonal ou não, fomenta a distorção cognitiva de si, dos outros e do mundo, sendo que as pessoas passam a focar o seu pensamento nos aspetos negativos em detrimento dos positivos. Esta visão negativa conduz a um padrão de sentimentos de desesperança e abatimento, podendo, mesmo quando negados ou ignorados, transformarem-se em sinais fisiológicos, dando origem a dores no corpo, dores de cabeça, entre outros sinais, sem nenhuma causa médica que justifique as mesmas.

Existem alguns fatores de risco que podem influenciar o aparecimento da depressão sazonal, sendo os fatores mais comuns o défice de vitamina D, a obesidade, a permanência em locais fechados ou simplesmente o historial de depressão familiar.

Para contrariar este estado, as pessoas devem utilizar algumas estratégias para prevenir ou diminuir os sintomas negativos, como o de aproveitar os dias de sol para abrir as cortinas e arejar as casas, manter os convívios sociais (muito típicos do verão), fazer caminhadas ou passeios na natureza. Tudo isto, e muitas outras coisas possíveis, sempre acompanhado de boas rotinas de sono, de alimentação e de ingestão de água.

O que importa é despertar a atenção para a beleza das “novas cores” que esta época apresenta e que conduzem ao tão típico “cair da folha” do outono. Desta forma, pode focar no que se passa no interior do seu organismo, aproveitando para definir rotinas contrariadoras de uma tendência mais negativa, tendo como aliada a natureza. Acredite que os dias “menos coloridos” podem igualmente levar a um caminho para uma vida feliz.

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