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Junta de Freguesia de Bougado em rutura com Sérgio Humberto

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A Junta de Freguesia de Bougado está em rutura com a Câmara Municipal da Trofa, nomeadamente com o seu presidente Sérgio Humberto.

Na sessão da Assembleia de Freguesia, na noite desta quinta-feira, o presidente da Junta de Freguesia, Luís Paulo, acusou o líder do executivo municipal de ser uma “força de bloqueio” em muitos assuntos, dando como exemplo a organização da Feira Anual da Trofa.

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Segundo o autarca, o evento “tem o futuro ameaçado”. “O próximo executivo (da Junta) que vencer as eleições (em 2025), não vai fazer a Feira Anual, se executivo da Câmara for uma força de bloqueio como tem sido”, aludindo a liderança de Sérgio Humberto.

Luís Paulo socorreu-se dos números para defender a premissa. Segundo o presidente da Junta, em 2013, a Feira Anual da Trofa custou “210 mil euros”, tendo recebido um apoio da Câmara Municipal de “90 mil euros” e conseguido receitas de “60 mil euros”. Já em 2024, referiu, o evento teve um custo de “240 mil euros, sem o picadeiro”, receitas de “64 mil euros” e um apoio da Câmara de “38 mil”.

“Isto é um assunto que tem de ser discutido”, reiterou o presidente da Junta de Freguesia, que garantiu, porém, que a próxima edição da Feira Anual da Trofa “vai ser feita, nem que se tenha que fazer um peditório na rua”.

A relação entre Junta de Freguesia e o presidente da Câmara azedou e, segundo Luís Paulo, “todos os que têm responsabilidades na Junta são maltratados” por Sérgio Humberto, recordando também a saída do anterior presidente da Assembleia de Freguesia, Vítor Martins.

Para Luís Paulo, a postura do edil tem como “objetivo asfixiar a Junta de Freguesia”.

Os contratos-programa de delegação de competências também vieram à colação, com Luís Paulo a reclamar da Câmara Municipal uma dívida de “40 mil euros”, referentes a trabalhos executados, “em pedidos feitos pelos serviços” da autarquia, em novembro e dezembro de 2021, período em que a Junta ainda não tinha assinado o contrato por discordar com os valores propostos.

Para o presidente da Junta, Bougado, à luz do que acontece com as verbas do Fundo de Financiamento das Freguesias – este atribuído pelo Estado -, tem de receber mais do contrato firmado com a Câmara Municipal e não o mesmo que todas as outras quatro freguesias do concelho. “Nós temos o dobro dos custos dos outros e recebemos o mesmo. Não há critério nenhum”, advogou.

“Câmara não está a respeitar protocolo dos parques”

Mas há outro protocolo na tempestade entre Junta e Câmara, que diz respeito aos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Face às obras realizadas, a gestão dos parques passou da Junta de Freguesia para a Câmara.

Além da contrapartida dos três lugares de estacionamento exclusivos, no parque subterrâneo, Luís Paulo refere que a Junta tem ainda direito a uma sala no Fórum Trofa XXI, que só agora reclama, porque, argumenta, a Câmara tinha menos condições logísticas antes da obra dos paços do concelho.

Luís Paulo refere ainda a contrapartida de 25% das receitas obtidas no parque de estacionamento subterrâneo. Ora, o estacionamento no local por agora é gratuito, mas o NT sabe que a Câmara da Trofa está a ponderar a concessão do estacionamento na cidade, incluindo o parque subterrâneo, estando previsto o estacionamento ser pago.

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