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Ano 2012

Jovem sofre queimaduras graves em incêndio (c/video)

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Um incêndio numa habitação junto à Estrada Nacional 104, pôs a vida de um jovem em perigo, na quinta-feira.

José Miguel, que fará 18 anos em julho, quase não anda, foi deixado sozinho em casa e sofreu queimaduras graves. “Já tinha avisado muitas vezes que o miúdo ficava sempre sozinho em casa. Isto foi um perigo para o miúdo, já sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, isto acabaria por acontecer.” Estas eram as palavras da revolta da maioria das pessoas que se encontravam na Rua Marquês Pombal, na Esprela.

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Um incêndio, que deflagrou numa habitação, pelas 19.25 horas de quinta-feira, no dia 16 de fevereiro, pôs em perigo a vida de um jovem. José Miguel, que fará 18 anos em julho, é autista, tem problemas de locomoção e terá ficado sozinho em casa. O alerta foi dado por uma vizinha, que ao avistar o fumo que saía de casa, contactou de imediato os Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT).

Quando chegaram ao local, foram mesmo os soldados da paz que retiraram o rapaz do interior da habitação em chamas mas não foram a tempo de o poupar das graves queimaduras de segundo e terceiro grau que sofreu nos pés, nas mãos e na face. Carlos Martins, que estava perto do local, foi o primeiro bombeiro a chegar. Contactado por um familiar, que o alertou para o facto de na habitação poder estar um jovem, o bombeiro ligou de imediato para a central dos BVT, para saber se os elementos já estariam a chegar. Tendo recebido uma resposta positiva, dirigiu-se para a habitação. “A minha missão foi arrombar a porta, para me certificar se o miúdo estaria lá dentro. Entretanto o meu colega (Simão Veloso) chegou e juntos conseguimos tirálo a tempo”, informou Carlos Martins.

Simão Veloso asseverou que tiveram que o tirar pela janela, depois de removerem vários sacos de lixo, que aí se encontravam. “Tentei remover outro saco, que me estava a obstruir ainda a visão, e pus a mão lá dentro, para saber o que havia à volta, e foi aí que ouvi um gemido. Consegui detetá-lo e, com a ajuda do meu colega, conseguimos tirá-lo a tempo, pois, além de as chamas já se encontrarem muito próximas dele, o jovem tinha várias queimaduras pelo corpo”, contou. Segundo fonte do INEM, o jovem, com queimaduras na sua maioria de segundo grau, nos pés, face, mãos e anca, foi transportado para a Pediatria do Hospital de S. João no Porto, onde deu entrada em estado grave, com problemas respiratórios. Para os elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa, o lixo acumulado por toda a casa, foi a principal dificuldade do combate ao incêndio, pois dificultava o acesso à habitação.

“Encontramos bastantes sacos de tecido, desde o chão até ao telhado. O ataque ao fogo foi feito pela janela do quarto e só quando o telhado aluiu, é que conseguimos ter mais um acesso”, afirmou Joaquim Mendes, sub-chefe dos BVT. Segundo informações recolhidas no local, era frequente José Miguel ficar sozinho em casa. E, por essa razão, estava a ser acompanhado pelos Serviços Sociais da autarquia trofense e pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), desde 2003, e já em 2006 a mãe do jovem “decidiu impedir este acompanhamento”, tendo a Câmara Municipal “remetido este caso para o Tribunal de Santo Tirso”, afirmou Joana Lima, presidente da Câmara e responsável pela Proteção Civil Municipal que fez questão de se deslocar ao local do incêndio para acompanhar de perto a operação. “A Câmara Municipal irá dar conhecimento de tudo o que se passou às instâncias, que neste momento têm responsabilidades sobre o processo, para verem que efetivamente a criança não estava bem à guarda da mãe e que se podia ter feito algo mais para o bem da mãe e do jovem”, acrescentou.

No rescaldo do incêndio equacionou-se a demolição do resto da habitação, mas a Policia Judiciária não autorizou a demolição já que na sexta-feira de manhã esteve na casa a recolher indícios que ajudem a esclarecer as causas deste incêndio. 

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