Jovem da Trofa selecionada para formação internacional da FIBA

Bruna da Silva é da Trofa e, recentemente, viveu uma das experiências mais enriquecedoras como dirigente de basquetebol. A jovem esteve na Eslovénia, entre 5 e 7 de julho, convidada pela Federação Portuguesa de Basquetebol, para representar Portugal no FIBA European Women’s Basketball Summit, um evento organizado pela Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) que teve como principal objetivo promover um momento de formação e empoderamento da próxima geração de árbitras e treinadoras da modalidade.
“Tivemos formação teórica, prática, treinos físicos e apitamos jogos de basquetebol. As nossas mentoras foram árbitras de referência mundial, como Amy Bonner (WNBA) e Chantal Julien (ex árbitra e atual instrutora FIBA). O objetivo foi melhorar o nível da nossa arbitragem, mas principalmente abrir cada vez mais as portas à arbitragem no feminino que está, claramente, muito menos representada do que no masculino”, explicou Bruna da Silva em declarações ao JA.
Como experiência pessoal, esta jovem, que é também treinadora na Associação Cultural e Recreativa Vigorosa, no concelho da Trofa, encarou-a como “uma recompensa enorme” pelo trabalho que tem desenvolvido no seio da modalidade.
“Fui nomeada para alguns jogos decisivos, incluindo a final de sub-16 feminino nas Festas do Basquetebol em Albufeira, que opôs as associações de basquetebol do Porto e de Lisboa. Este jogo teve uma importância especial, porque apitei com a Sónia Teixeira, uma árbitra referência no nosso país, que tão poucas mulheres tem na arbitragem, e também porque o jogo teve transmissão em direto na televisão. Noto que a Associação de Basquetebol do Porto e a Federação têm-me recompensado pela minha dedicação e têm-me dado oportunidades para continuar a evoluir”, confidenciou.
Depois desta experiência, Bruna sente-se mais habilitada para “manter as portas” da arbitragem no feminino “abertas”. “Sinto que somos cada vez mais iguais ao homens, tendo oportunidades necessárias para evoluir e chegar onde os homens normalmente chegam”, concluiu.