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Ano 2010

Início de aulas “atribulado” na Escola Secundária (c/ vídeo)

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Juiz não deu razão à providência cautelar interposta pelo director da Escola Secundária da Trofa, José Manuel Antunes. DREN garante nomear uma Comissão Administrativa Provisória para gerir o estabelecimento até à eleição de novo director.

O início do ano lectivo na Escola Secundária da Trofa não está a correr da melhor forma. A decisão do Conselho Geral do estabelecimento de ensino, composto por pais, professores, alunos, funcionários e comunidade trofense, de exonerar o até então director da escola, José Manuel Antunes, não foi bem aceite pelo próprio.

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Foi a 15 de Julho que José Manuel Antunes foi afastado do cargo pelo órgão colegial, mas este interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo do Porto, contestando a decisão.

Assim, no final da passada semana, o juiz decidiu que “os argumentos apresentados pelo senhor director não eram motivo para anular a decisão do Conselho Geral”, explicou Paulo Jorge Ferreira, presidente da Associação de Pais da Escola Secundária da Trofa e membro do Conselho Geral.

Os membros do Conselho Geral têm agora “toda a legitimidade para pedir que o director abandone o cargo”, no entanto José Manuel Antunes poderá ainda apresentar um recurso à decisão do juiz, o que “vai fazer com que o princípio do ano escolar esteja em risco e não comece da melhor maneira possível”. Paulo Jorge Ferreira explicou: “O senhor director tomou algumas decisões como a construção de horários, a nomeação de directores de turma, contratos como a ‘Turma +’, a nomeação de coordenadores, portanto situações de nomeações que têm uma dependência directa da chefia e que mais tarde no processo educativo podem levar a determinados conflitos que poderiam ser evitados”.

Para os pais “esta situação é incomportável e está mesmo a levar a um ambiente degradante”. O mesmo pensa Marta Almeida, aluna com assento no Conselho Geral: “A direcção desta escola não estava a ser bem levada e temos de começar o ano lectivo com os dois pés, porque neste momento está tudo muito atribulado”.

Marta Almeida foi uma das três pessoas que votou contra a saída do director, mas entretanto mudou de opinião. “Quando votei para ele não sair estava demasiado pressionada, mas depois, ouvindo as duas partes, tem de se dar razão a quem tem razão”, confessou.

Questionada sobre a reacção dos alunos a esta situação, a aluna garantiu que “a maior parte não tem conhecimento”, no entanto os poucos que têm “dão razão à decisão do Conselho Geral de cessar o mandato do director da escola”.

Os pais também se têm mostrado preocupados e questionam a Associação de Pais, mas Paulo Jorge Ferreira garante: “Estamos atentos e encetaremos todas as diligências para que o processo se desenrole da melhor maneira possível e que os alunos saiam o menos prejudicados possível”.

Os pais esperam agora não ter de “esperar mais 30 dias” e exigem uma resolução “rápida” que passará pela nomeação de uma Comissão Administrativa Provisória para gerir a escola. A decisão terá de ser tomada pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN).

A entidade fez saber que “nomeará, durante a esta semana, uma Comissão Administrativa Provisória para gerir a Escola Secundária da Trofa até à eleição da/o director/a” e acrescentou ainda que “o director mantém-se em funções até à nomeação da Comissão Administrativa Provisória, pelo que não haverá qualquer hiato, nem perturbação do ano lectivo”.

“Manifestamos a nossa confiança de que a comunidade educativa da Escola Secundária da Trofa será capaz de, em ambiente de serenidade, continuar a garantir o serviço público de educação, no respeito dos direitos de todas as partes e sobretudo dos alunos desta escola”, concluíram.

O NT/TrofaTv contactou com o presidente do Conselho Geral da escola, Mário Pinto, bem como com José Manuel Antunes que preferiram não comentar o caso.

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