Edição 774
Homenagem a comandante João Silva marca aniversário dos Bombeiros
Lavado em lágrimas, João Silva demonstrou, com elevada emoção, que não esperava tamanha surpresa na sessão solene comemorativa do 46.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa.
Lavado em lágrimas, João Silva demonstrou, com elevada emoção, que não esperava tamanha surpresa na sessão solene comemorativa do 46.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa.
O comandante do quadro de honra foi agraciado com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros, numa homenagem que, para o próprio João Silva, prova que “a justiça tarda, mas não falha”. “Não contava com esta homenagem”, confessou ao NT, ainda com os olhos brilhantes, a mostrar “gratidão à direção e aos elementos de comando” por considerarem que era “digno desta condecoração”. “Eles sabem com quem lidam e, afinal, eu ainda estou aqui para as curvas. Mas não é fácil, estou ligado à corporação de bombeiros há 45 anos. Fui o primeiro motorista do primeiro corpo de bombeiros da Trofa. Esta é a minha segunda casa”, confessou.
A atribuição do crachá de ouro a João Silva foi o momento alto da sessão solene, mas houve outros igualmente simbólicos. Luís Elias, presidente da direção da Associação Humanitária, reiterou a “justiça” da homenagem ao comandante do quadro de honra, mas também sublinhou o crachá de cidadania e mérito atribuído ao presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, “por aquilo que tem sido a colaboração com a Associação, excedendo as suas obrigações como autarca”.
Foram ainda, como é tradição, entregues distinções aos bombeiros voluntários com cinco, dez, 20, 25 e 30 anos de serviço à corporação.
E nesta distribuição de “presentes”, juntou-se outra com quatro rodas. Com fundos próprios, a Associação Humanitária adquiriu um veículo tanque tático urbano (VTTU) que, segundo o comandante João Pedro Goulart será importante para “colmatar alguma falha que poderá ser mais significativa no futuro, no que concerne às questões de seca”.
Quanto ao recurso a fundos próprios e não ao mecenato como tem sido hábito na Associação Humanitária, Luís Elias explicou que foi “decisão” da direção não sobrecarregar particulares, nem empresas, durante o período pandémico. No entanto, já avisou que irá voltar ao figurino tradicional e, no próximo ano, “pedir ajuda aos beneméritos para a aquisição de três viaturas de transporte de doentes não urgentes”.
Na senda dos pedidos de presentes, Luís Elias deu o toque à Câmara Municipal para um apoio suplementar no próximo ano, que ficará marcado pelo elevado investimento no edifício da creche. “O orçamento do próximo ano vai passar os dois milhões de euros e o Estado comparticipa muito pouco, nomeadamente no socorro e extinção de incêndios, o que nos obriga a fazer um grande esforço para equilibrar as finanças desta casa”, explicou.
Durante a sessão solene foi ainda anunciado pelo presidente da Associação Humanitária que está já “para assinatura” na Câmara Municipal o protocolo para a criação de uma terceira Equipa de Intervenção Permanente (EIP). Trata-se de uma equipa composta por cinco bombeiros que se vinculam profissionalmente à instituição, para garantir o socorro num turno laboral. “A intenção é que esta nova EIP funcione em horário noturno, para que a primeira intervenção seja sempre assegurada por profissionais”, referiu Luís Elias.
A ideia é “diminuir o esforço dos voluntários nas horas noturnas e fins de semana” e não suprimi-los. “O voluntariado é fundamental”.
Ideia repetida pelo comandante João Pedro Goulart, que justifica a urgência da constituição de mais uma EIP com a necessidade de haver “disponibilidade imediata”. “Hoje, o socorro tem de ser rápido e eficiente na primeira intervenção. Ter uma EIP garante-nos esse estado de prontidão, que precisará sempre de ser complementado com o reforço de equipas voluntárias. Precisamos de avançar para uma terceira EIP e atrevo-me a dizer que vamos precisar de uma quarta, porque temos de assegurar as 24 horas por dia, os sete dias da semana, sem esquecer de cumprir as determinações legais do regime laboral”.
A esta boa notícia, o comandante acena também com a jovialidade do corpo de bombeiros, que em dia de aniversário se apresentou com um grupo de novos estagiários. A crise do voluntariado “não se vai sentindo, no momento”, na corporação da Trofa, também graças à campanha de recrutamento, que contou com o apoio precioso das escolas, que “abriram as portas e deixaram que os bombeiros transmitissem a mensagem aos jovens”, sublinhou João Pedro Goulart.
Apoio do PRR para alargar capacidade da creche
A Associação Humanitária conseguiu um apoio de cerca de 500 mil euros do Plano de Recuperação e Resiliência para fazer obras de remodelação na creche situada em S. Martinho de Bougado. Os fundos do PRR cobrem “93 por cento” do valor estipulado para a obra, pensada para “alargar a capacidade de 40 para 80 vagas”.
“Estamos a lançar o concurso e preocupa-nos os preços dos materiais que, pelas nossas estimativas, poderão aumentar muito o valor da empreitada, mas estamos a fazer um esforço para começar os trabalhos entre meados de outubro e novembro”, anunciou Luís Elias.
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