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Ano 2007

Hoje resolvemos escrever, embora resumidamente, sobre uma das vertentes da Comunicação.

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Actualmente ainda existem muitas pessoas que pensam que para se ser um bom orador é necessário apenas saber falar correctamente, ou seja, quanto mais e melhor se souber falar, melhor orador se será. Contudo, achamos que tal não é verdadeiro, pois estamos a esquecer-nos de uma vertente importantíssima da Comunicação, ou seja, um bom orador terá de ser no mínimo e obrigatoriamente um bom comunicador.

  Todos nós sabemos que existem muitos "oradores" que falam muito bem, nomeadamente em público, ao ponto de se dizer que falam melhor do que pensam. Estamos plenamente de acordo! É que se pode falar muito e bem, mas sem se dizer nada. Neste caso, o "orador" pode se comparado a um papagaio ou ser simplesmente um mau comunicador.

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O "orador" cujo discurso não têm conteúdo pode prender a atenção de uma "plateia" nas primeiras vezes. Depois, a própria "plateia" acaba por se cansar de tanto "blá-blá-blá" e acaba por não conseguir transmitir, aos que o escutam, o que tem a dizer.

 É óbvio que para ultrapassar alguns destes problemas pode-se sempre recorrer a algumas técnicas de oratória.

Por exemplo: simplificar o que se diz. Naturalmente que tal implica que se pense com clareza e sem preciosismos. Contudo, para se falar claramente é preciso que se tenham as ideias claras, o que obriga a que se tenha reflectido longamente sobre o assunto.

Por outro lado, tendo a oratória como um dos objectivos a persuasão é necessário ganhar-se a atenção do público, sendo este facto meio caminho andado para se ter sucesso. Não chega falar correctamente o português. É necessário saber expressar-se com elegância, isto é, usar as melhores e mais expressivas palavras. Em contrapartida falar-se utilizando uma linguagem difícil é a maneira mais fácil de não se fazer entender e neste caso, o assunto passa a ser complicado, tanto para quem fala como para quem ouve.

E o falar de improviso? Pensamos que só se pode fazê-lo quando se conhece muitíssimo bem a questão a ser comunicada. Improvisar é, portanto, dar uma nova ordem e forma a um conteúdo já bem conhecido e dominado.

Por outro lado, nem todos os discursos ou as comunicações são iguais. As suas formas modificam-se segundo a ocasião e o público-alvo, daí a necessidade de se preparar cada discurso, reflectir sobre a ocasião e conhecer muito bem os "ouvintes".

Para terminar este apontamento diremos que é normal ouvir-se dizer que quem fala bem, fala sempre de improviso. Puro engano, na nossa opinião. Os bons oradores quase sempre trazem consigo um plano, esteja ele gravado na sua memória ou esteja escrito. Muitas vezes são as práticas para se organizar um plano que estão na origem do sucesso da comunicação. E por falar em sucesso! Mais do que nunca precisamos imenso de comunicações de sucesso, mas que tenham por base, pensamentos coerentes, sérios, realistas e verdadeiros!

É que começamos a ficar "preocupados" com o número de oratórias e comunicações que utilizam as mais diversas e sofisticadas manipulações, designadamente na comunicação escrita!!!

Terminamos dizendo:

SEJA UM BOM COMUNICADOR!

Alberto Maia

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