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Histórico! Miguel Oliveira vence em Portimão e soma segundo triunfo no MotoGP

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Histórico! Miguel Oliveira (KTM) conquistou hoje a segunda vitória da temporada no Mundial de MotoGP no Grande Prémio de Portugal, que teve lugar no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.

O piloto almadense da equipa Tech3 partiu da primeira posição para esta 14.ª e última corrida da temporada, depois de no sábado ter conquistado a primeira ‘pole position’ da sua carreira e da história do motociclismo português.

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Oliveira seguiu implacável na frente, ganhando espaço de volta para volta, com 3,7 segundos de avanço para Jack Miller, segundo classificado. Franco Morbidelli ficou na terceira posição.

O português repete assim o êxito no Grande Prémio da Estíria, na Áustria, em 23 de agosto, quando subiu também pela primeira vez ao pódio.

Oliveira foi um dos nove vencedores diferentes de provas da edição 2020 do Mundial, juntamente com o francês Fabio Quartararo (Yamaha), o sul-africano Brad Binder (KTM), os italianos Andrea Dovizioso (Ducati), Franco Morbidelli (Yamaha) e Danilo Petrucci (Ducati) e os espanhóis Maverick Viñales (Yamaha), Álex Rins (Suzuki) e Joan Mir (Suzuki).

Até este domingo, Quartararo e Morbidelli tinham sido os únicos repetentes nos triunfos, com três cada, mas a regularidade de Mir, com sete presenças no pódio além da vitória na primeira corrida em Valência, foi premiada com o cetro mundial, o primeiro de um piloto da Suzuki deste a conquista de Kenny Roberts Jr em 2000 e a primeira sem ser Honda ou Yamaha desde 2007, quando o australiano Casey Stoner se sagrou campeão com uma Ducati.

Dias antes do triunfo no GP de Portugal, Miguel Oliveira não escondeu o entusiasmo pela oportunidade de correr no seu país.

“Estou muito feliz e excitado por correr em casa após sete anos depois do último GP, no Estoril. É especial, sobretudo por ser a última corrida da temporada, estarem todos mais relaxados e podermos desfrutar da prova”, sublinhou o piloto de Almada.

Miguel Oliveira referiu que esta “é uma pista diferente” daquilo a que os pilotos estão habituados a encontrar “por todo o mundo”.

Recorde-se que a organização teve de assegurar o reembolso dos compradores dos cerca de 30 mil bilhetes para o circuito algarvio, antes de os números da pandemia do novo coronavírus piorarem e levarem as autoridades de saúde a decidirem que o evento tinha de se realizar sem público.

O voo do Falcão até à ‘pole’ de Portimão

Hoje é um dia especial para o motociclismo português e um piloto da grelha de partida deste Grande Prémio MEO de Portugal de MotoGP deve estar a sentir uma felicidade particular por ir correr em Portimão: falamos obviamente de Miguel Oliveira, o ‘falcão de Almada’, responsável por fazer tocar “A Portuguesa” pela primeira vez num pódio do MotoGP.

No dia em que Oliveira se estreia em Portugal  na principal categoria do motociclismo mundial – e logo com a sua primeira ‘pole position’ -, recordamos a carreira de um piloto que não esconde a sua fome de vencer.

Nascido a 4 de janeiro de 1995, no Pragal, em Almada, Miguel Ângelo Falcão de Oliveira já tinha as corridas a correr-lhe nas veias, graças ao pai, Paulo Oliveira, também ele um ex-piloto que competiu no Nacional de Velocidade, que lhe incutiu o amor à velocidade e apoiou o filho nas varias fases da carreira até ao momento atual. O primeiro contacto com uma mota surgiu aos três anos. Seis anos depois, aos nove, Miguel Oliveira estreou-se em competição ao competir no campeonato nacional de MiniGP de 2004.

O quarto lugar no Campeonato chamou à atenção da Confederação Nacional do Desporto que nesse ano o nomeou para Jovem Promessa do ano, uma nomeação que lhe abriu as portas para competir em Espanha, um passo necessário uma vez que Portugal era demasiado pequeno para o talento do ‘Falcão de Almada’.

Depois de uma passagem bem sucedida pelos escalões jovens, que lhe valeram a angariação de mais apoios para prosseguir a carreira, Miguel Oliveira estreou-se no campeonato espanhol de velocidade tendo terminado logo no pódio, com um terceiro lugar. Nesse mesmo ano, mas no campeonato europeu conquistou um quinto lugar.

Em 2010, numa luta taco-a-taco com Maverick Viñales, o português acabou no segundo lugar a dois pontos do espanhol, tendo vencido cinco dos sete eventos do campeonato espanhol. Também o campeonato europeu valeu-lhe um segundo lugar nesse mesmo ano, o último antes da promoção à ‘terceira divisão’ do motociclismo mundial.

O ano de 2011 marcou a estreia de Miguel Oliveira no Mundial da categoria de 125cc (atual Moto3), um ano turbulento onde o português terminou o campeonato na 14.ª posição, sendo que o 7.º lugar no Estoril foi o seu melhor resultado de uma temporada que não conseguiu completar devido à falta de apoios.

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