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Edição 500

Gerir sonhos e criar jogadores CDT

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Numa faixa etária caracterizada pelo auge das mudanças físicas e psicológicas, também no desporto é necessário um esforço redobrado para formar com competência. É o que fazem os técnicos responsáveis pela equipa de iniciados A do Clube Desportivo Trofense. O treinador, Simão Coroa, explicou ao NT como é gerir esta equipa e traçou os objetivos para a temporada.

O Notícias da Trofa (NT): Como está a correr a temporada?
Simão Coroa (SC): Ao fim de quatro intensos meses de treinos e jogos considero que a nossa caminhada tem estado em consonância com as nossas expectativas. Os bons resultados que temos alcançado têm-nos deixado satisfeitos, mas, como clube formador que somos, as nossas intenções também passam por, a cada jogo, consolidar os princípios que regem o nosso “jogar”, tornando-o mais próximo do modelo que norteia o nosso Departamento de Formação, um modelo que privilegia um futebol positivo, agradável a quem vê e a quem pratica e que vê as vitórias, sejam coletivas ou individuais, como uma consequência da nossa qualidade de jogo.
NT: Quais os objetivos na competição?
SC: O principal objetivo desta equipa passa por recolocar o nome do C.D. Trofense no Campeonato Nacional de Juniores “C”, a principal competição para o escalão de iniciados. Para atingir essa meta temos que conquistar o Campeonato Distrital, que contempla na 1.ª fase um conjunto de 32 equipas. As quatro melhores disputarão a 2.ª fase, na qual o vencedor conquistará o troféu e o direito de participar, na próxima época, nessa tão desejada competição. Temos encontrado adversários valorosos, com objetivos ambiciosos como os nossos, mas com muito empenho e enorme espírito de sacrifício estamos, neste momento, na luta pelos objetivos a que nos propusemos.

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NT: Quais as principais dificuldades neste escalão/competição?
SC: De facto são diversas as dificuldades com que nos deparamos ao longo de uma competição desta natureza, sobretudo numa faixa etária tão sensível como os 14 – 15 anos. Ao nível da competição, o aspeto que mais transtorno causa é a necessidade de ainda realizarmos jogos em campos pelados, alguns deles muito reduzidos, que nos obriga, pontualmente, a reajustar os nossos princípios. Simultaneamente, observam-se grandes diferenças maturacionais entre os jogadores. Uns mais altos, mais rápidos e mais fortes contrastando com outros mais baixos, mais frágeis. E temos sempre as ilusões / sonhos que os nossos jovens vão alimentando a cada dia que passa, na ânsia de alcançarem a fama e fortuna dos seus ídolos. A nós, responsáveis pelas equipas, cabe a difícil tarefa de conseguir gerir da melhor forma as ambições destes jovens jogadores, ajudando-os a percorrer um caminho difícil que, com a postura e atitude corretas, poderá ser alcançável.

NT: Com que aptidões os atletas se capacitam neste escalão?
SC: Devido às diferenças maturacionais que se manifestam nesta faixa etária, há uma tendência para que os jogadores mais altos, mais rápidos e mais fortes tenham alguma vantagem sobre os restantes, transportando assim para o jogo um carácter mais individualizado, desorganizado e confuso. Naturalmente que, a curto prazo, pode haver equipas que tirem partido dessa situação mas a médio / longo prazo essa opção será benéfica para os jogadores? Não estarão a queimar importantes etapas na formação dos atletas? Estando cientes desta situação, o Departamento de Formação do C.D. Trofense procura, nestas idades, dotar os seus jogadores, fundamentalmente, de competências tático-técnicas que lhes permitam ser um jogador CDT (Culto Taticamente; Dominador e Ambicioso; Talentoso e Inteligente). Com este perfil, acreditamos que estamos a formar um “Homem que sabe jogar Futebol”, dotando-o da excelência futebolística necessária para jogar na equipa sénior do clube.

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