Crónicas e opinião
Folha Liberal: Lucros excessivos
Então, quando olharmos para os lucros de uma empresa, temos também de olhar para a sua dimensão, para o seu volume de negócios, para o número de trabalhadores, para os investimentos que foram necessários para se obter esses lucros, porque, a não ser assim, corremos o risco de ficar com uma visão claramente distorcida.
Há alguns meses, as empresas, que a isso são obrigadas, nomeadamente pela sua dimensão, apresentaram os seus resultados semestrais, provocando um grande alarido, já que os lucros foram muito elevados.
Houve uma grande indignação, porque enquanto as famílias e as pessoas estão a sofrer, e muito, com o aumento do custo de vida causado pela elevada inflação, pela desvalorização do Euro face ao dólar e pelo aumento das taxas de juro, essas empresas tiveram lucros que muitos consideram excessivos.
O que devia causar alarido e indignação são os prejuízos que algumas empresas públicas têm ano após ano, e que no final, os contribuintes são sempre chamados a pagar.
De qualquer dos modos, é um erro e não se devem analisar as contas, sejam elas quais forem olhando apenas para um dos dados. É preciso olhar de uma forma global, para se fazer uma avaliação correta.
Vou dar um exemplo: No concelho da Trofa existem um pouco mais de quatro mil e trezentas empresas, que empregam um pouco mais de vinte mil e trezentas pessoas. Mas, só nas quatro maiores empresas do concelho trabalham 13,5% das pessoas. Se estas quatro empresas tivessem um lucro equivalente a 13,5% dos lucros de todas as empresas, isso seria considerado excessivo?
Estas mesmas quatro empresas, representam quase 39% do volume de negócios de todas as empresas do concelho. Se estas quatro empresas tivessem 39% dos lucros de todas as empresas isso seria considerado excessivo? Em que medida? Se têm 39% do volume de negócios, o mais normal não seria ter essa percentagem dos lucros?
Então, quando olharmos para os lucros de uma empresa, temos também de olhar para a sua dimensão, para o seu volume de negócios, para o número de trabalhadores, para os investimentos que foram necessários para se obter esses lucros, porque, a não ser assim, corremos o risco de ficar com uma visão claramente distorcida.
Além disso as empresas que dão lucros são as que pagam impostos. Por outro lado, a rentabilidade dos fundos onde as pessoas aplicam as suas poupanças, bem como a rentabilidade dos investimentos da segurança Social, que garantem as reformas, são assegurados pelos lucros destas empresas.
As grandes empresas, privadas, costumam ter grandes lucros, e isso é uma coisa boa! Que o digam os seus trabalhadores, os seus fornecedores etc.
No nosso concelho temos algumas grandes empresas, mas é preciso criar condições para que mais empresários invistam cá, nomeadamente, criar zonas industriais, ou empresariais bem estruturadas, melhorar as vias rodoviárias, para que não se percam horas intermináveis em filas de trânsito e exigir a expansão da linha do metro até à Trofa.
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