Crónicas e opinião
Folha Liberal: As eleições europeias
“Há que continuar a mostrar que há alternativas à forma como tem sido gerido o país e o concelho. Há uma forma diferente, com provas dadas em todo o mundo onde foram implementadas as políticas liberais.”
À primeira vista, os resultados das eleições europeias parecem mostrar que Portugal pode estar em contraciclo em relação à Europa. O partido mais votado na Europa foi o PPE, ao qual pertencem o PPD/PSD e o CDS-PP, que conseguiram aumentar em 10 o número de mandatos, enquanto em Portugal a AD não foi além do segundo lugar, embora tenha mantido o número de mandatos que o PSD e o CDS tiveram nas eleições de 2019.
Já o S&D, ao qual pertence o PS, na Europa perdeu 4 mandatos. O PS, apesar de ter vencido as eleições em Portugal, perdeu um mandato, passando de 9 para 8 eurodeputados.
Os Liberais do Renew Europe, ao qual pertence a Iniciativa Liberal, tiveram uma grande queda no número de mandatos, perdendo 23 eurodeputados, sendo, a nível europeu, um dos grandes perdedores da noite. Já em Portugal, tiveram a maior vitória da noite, terminando com a eleição de 2 eurodeputados e uma percentagem de 9,07% dos votos. A eleição de João Cotrim de Figueiredo e de Ana Martins e a grande percentagem de votos conseguida pela IL parecem mostrar que a IL vale muito mais do que conseguiu nas últimas legislativas.
Os populistas da extrema-direita subiram muito na Europa, mas tiveram um resultado muito aquém do que os seus responsáveis pretendiam em Portugal, terminando com quase metade da percentagem de votos que tiveram nas legislativas. Parece-me inegável que o Chega foi o grande derrotado da noite eleitoral.
Na Trofa, a AD foi a grande vencedora das eleições. Ganhou com 40,74% dos votos, relegando o PS para o segundo lugar com 31,36%. É importante lembrar que, em 2019, o PS tinha ganho as eleições com 33,51% e o PSD tinha ficado em segundo com 30,29% (em 2019, o PSD e o CDS concorreram isolados e, se somarmos as votações dos dois partidos, o resultado seria de 36,92%, o que seria suficiente para ficar em primeiro lugar na Trofa). A AD teve, na Trofa, um ganho de quase 4% na votação, talvez influenciado pelo facto de um trofense fazer parte da lista de candidatos. Aproveito a oportunidade para felicitar o Dr. Sérgio Humberto pela sua eleição como eurodeputado.
A Iniciativa Liberal teve na Trofa, tal como a nível nacional, um excelente resultado, ficando a poucas décimas (0,64%) do Chega (no Muro e em Covelas, a Iniciativa Liberal foi mesmo a terceira força política), o que mostra que, também na Trofa, as ideias liberais começam a ter acolhimento por parte dos eleitores.
A Trofa é uma terra de liberais, de pessoas que defendem a liberdade individual, que acreditam que a pessoa deve ter o máximo de liberdade possível, que defendem que todos os indivíduos devem ser tratados igualmente perante a lei, que entendem que o governo não deve interferir demasiadamente na vida pessoal e económica, que acreditam na eficiência do mercado livre, em que o governo deve intervir apenas para corrigir falhas de mercado, para proteger os direitos de propriedade e garantir a concorrência justa, que defendem a proteção dos direitos fundamentais, como a vida, a liberdade e a propriedade, que valorizam a educação e o acesso à informação como meios para que os cidadãos possam tomar decisões mais informadas e participar plenamente na vida cívica e económica, e que reconhecem a importância da responsabilidade pessoal e da cooperação comunitária para o bem-estar coletivo.
Há que continuar a mostrar que há alternativas à forma como tem sido gerido o país e o concelho. Há uma forma diferente, com provas dadas em todo o mundo onde foram implementadas as políticas liberais.
O economista britânico John Maynard Keynes disse um dia que “O problema não é aceitar as ideias novas, é livrar-se das velhas”. Parece que, aos poucos, vamos aceitando as ideias novas, vamos percebendo que há outras formas de fazer, mas continua a ser difícil livrarmo-nos das velhas, daquelas que sabemos que não nos levam à liberdade e à prosperidade, mas que estão tão entranhadas que temos receio de as abandonar. A resistência à mudança muitas vezes impede a adoção de ideias novas e de novas abordagens.
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