Espetáculos
Festival Vodafone Paredes de Coura 2015 1º Dia
A edição de 2015 do Festival Vodafone Paredes de Coura arrancou ao final da tarde do dia 19 de Agosto, rodeada de enormes expetativas e com a certeza de ser a mais concorrida de sempre do evento minhoto.
Coube aos portugueses Gala Drop a honra de inaugurar as hostilidades e logo nos primeiros minutos de atuação se confirmou a movimentação atípica dos fins de tarde no anfiteatro de Coura. Muitas pessoas atravessavam já os portões, e caminhando ou correndo, dirigiam-se com muita alegria ao Palco Vodafone. Jerry The Cat, vocalista da banda, prometia estar ali para fazer a festa, e a banda vinda de Lisboa não parou nunca de se esforçar para animar o ambiente. Com recurso a guitarras e percussão, foram criando uma atmosfera especial para o final de tarde, num misto de psicadélico com tribal-exploratório.
Seguiram-se os Ceremony, banda com uma década de carreira, que destilou um som pós-rock, que lembra nomes como Joy Division, Gun Club, Damned e até Interpol, mas com uma forte linha punk. Ross Farrar, com o corpo coberto de tatuagens, mexe-se em palco como animal em habitat natural, e foi cativando e visitando as primeiras filas de espetadores que se deixaram contagiar pelas descargas de energia em palco arriscando as primeiras ondas de crowdsurfing. Sick, The Party e The Bridge foram temas escutados.
Os Blood Red Shoes subiram ao palco vindos de Brighton já a noite tinha caído em Coura e perante uma moldura humana já muito próxima da lotação máxima. Os britânicos regressaram a Coura 6 anos depois, trazendo na bagagem o seu indie rock, e uma energia particular que animou a noite minhota. A partilha das vozes faz-se entre Laura-Mary Carter, que se fez acompanhar de um copo de vinho, além da habitual guitarra, e Steven Ansell, acompanhado da cerveja e sua bateria. Com companhia extra em palco foi sendo feito o apelo ao brinde. O duo britânico não se deixou intimidar pelos números e provou que dois chegam para conquistar uma plateia festivaleira. Seja culpa da energia que apresentam em palco, seja da constante comunicação que mantêm com o público, ou do seu genuíno rock com rasgos de punk, os Blood Red Shoes foram navegando com sucesso pela sua discografia, apresentando I Wish I Was Someone Better, Cold, Black Distractions e Red River. Despediram-se do público com Colours Fade.
Seguiram-se os Slowdive, banda carinhosamente aguardada e com uma carreira iniciada há mais de 25 anos. A banda inglesa, do movimento forte do shoegaze, cujo auge ocorreu na década de 90, tinha terminado em 1995, ano do terceiro e último disco, Pygmalion, tendo-se reunido de novo o ano passado. Os Slowdive têm feito as delícias dos portugueses e uma vez não desiludiram, provando que sabem potenciar o seu indie-pop conquistando as audiências que os escutam. Cinco em palco, os Slowdive chegam a 2015 como que preservados no tempo, como se a paragem de 20 anos lhes tivesse apurado os sentidos. A banda de Rachel Goswell, Neil Halstead, Nick Chaplin, Christian Savill, e Simon Scott apresentou alguns dos seus grandes êxitos em palco, para grande agrado dos milhares que enchiam o recinto. Rock, Pop ou Pós-rock, os rótulos pouco importaram para os donos de Crazy For You, “Catch The Breeze, When The Sun Hits,Machine Gun, Dagger, Alison e Golden Hair, e para o público desta que foram músicas muito apreciadas.
Os cabeças de cartaz da primeira noite, os americanos TV On the Radio, subiriam ao palco por volta das 00.15 horas. Tunde Adebimpe, Kyp Malone e companhia trouxeram consigo um rock honesto que conquistou os festivaleiros, que responderam sem receio com investidas de crowdsurfing, não obstante os alertas por parte da banda para os perigos desta atividade. Os TV On The Radio provaram em palco o porque do primeiro dia ter tido uma afluência de 25 000 pessoas. Senhores do movimento indie-rock, cujo trabalho mais recente Seeds data de 2014, os americanos apresentam um som apelativo que convida à dança e a vivência das melodias sem artifícios. Escutaram-se Wolf Like Me, Happy Idiot,Winter, Could You, Young Liars ou Staring at the Sun, Shout Me Out, DLZ e Dancing Choose. O público escutou, dançou e celebrou.
Os 25 000 espetadores que rumaram ao anfiteatro de Coura na noite 1 da edição de 2015 do Festival Vodafone Paredes de Coura provaram que se tornou impossível receber no palco secundário a noite de abertura do festival, como acontecia até a edição de 2013.
A noite continuaria com o habitual after hours, ao som do DJ Fra no palco Vodafone FM.
Texto:Joana Vaz Teixeira
Foto: Paulo Homem de Melo
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