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Festival Noites Ritual’15 Fotorreportagem

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A recuperar uma antiga tradição as Noites Ritual, que decorreram a 25 e 26 de setembro nos Jardins do Palácio de Cristal, fecharam a temporada de festivais de música de verão em Portugal. Com dois dias de concertos gratuitos, a 24ª edição das Noites Ritual voltou a apostar na música portuguesa, juntando nomes consagrados e emergentes do panorama nacional em dois palcos e oito concertos.

Como acontece desde 1999, o evento continuou a apostar num espaço secundário dedicado a bandas emergentes nacionais, o Palco Ritual. Aqui surgiram no passado alguns artistas que se afirmaram na música nacional e que hoje têm carreiras sólidas. E foi neste palco, montado numa lateral do Pavilhão Rosa Mota que se abriram as hostilidades do festival na noite de sexta-feira com os Grandfather’s House um projeto de rock independente já com um EP editado, e que mais tarde recebeu os Oliveira Trio, músicos com historial noutros projetos e que têm já um lugar de destaque na cena retro portuense.

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No Palco Noites Ritual, e a jogar em casa, apresentou-se PZ que fez uma viagem com passagens obrigatórias pelo seu mais recente disco de originais, Mensagens da Nave-Mãe. A atuar vestido de pijama, assim como os músicos que o acompanharam, PZ ofereceu sons e melodias muito próprios, numa mescla de sintetizadores energéticos e beats que brotam sem parar no acompanhamento às letras acutilantes do portuense.

A encerrar os concertos da primeira noite, a inimitável Capicua, rapper com muita pronúncia do Norte. Mais um concerto cheio de garra e onde as músicas inconfundíveis da artista nortenha, com letras diretas e fortes, uniram uma massa muito compacta de espetadores. Consigo trouxe os temas de Medusa, um disco de remisturas e dois originais que recebeu a aprovação da crítica especializada, e ainda de Sereia Louca.

Na segunda noite do festival a animação do palco secundário esteve a cargo do one-man-band de Vila Real Pe7er Panic num cruzamento rock, blues e surf garage e com uma atuação vibrante e intensa. Nesse mesmo palco atuariam mais tarde os portuenses Lola Lola, banda com influências e preferências musicais inspiradas no rock n’ roll, 60’s beat, rhythm & blues, num som excitante e novo.

No palco principal o entretenimento ficou a cargo da compositora e intérprete Rita Redshoes, que nos trouxe Life is a second of love, unanimemente colocado na lista dos melhores discos do ano. A cantora, vestida de preto e com os inconfundíveis sapatos vermelhos, tinha um número significativo de fãs à sua espera, que muito a aplaudiram. Muito simpática e comunicativa, Rita confessou-se uma apaixonada pelo Porto e criou enorme empatia com os presentes.

O encerramento das Noites Ritual 2015 esteve a cargo dos Diabo na Cruz, mestres da reinvenção da música portuguesa. A banda de Jorge Cruz trouxe até ao Porto o novo disco homónimo e deu um concerto muito celebrado pelos muitos jovens presentes, que nas primeiras filas faziam festa e cantavam as letras em uníssono com a banda. Felizes pela terceira atuação no Porto no decorrer deste 2015, os Diabo na Cruz, presentearam os que se encontravam nos Jardins do Palácio de Cristal com mais uma atuação muito energética e divertida, onde não faltaram os maiores hits. A animação foi tal que deu lugar a dois encores muito pedidos e celebrados.

Para além dos palcos, os Jardins do Palácio de Cristal contaram também com uma diversidade de eventos, como músicos de rua e atividades de expressão artística, assim como espaços de lazer e descontração, espalhados por diversos pontos do recinto. O tradicional Mercado Ritual também esteve de volta, com o intuito de mostrar e divulgar produtos locais e nacionais. O recinto teve também um espaço dedicado ao Vintage, o Ritual Lounge, através de exposições e de um arquivo audiovisual do próprio evento disponibilizado para esta edição. Na Avenida das Tílias, junto à Biblioteca Almeida Garrett encontrava-se o espaço de restauração.

Texto: Joana Vaz Teixeira
Fotos: Miguel Pereira

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