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Festival MEO Marés Vivas 2016 – 3ºDia

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No terceiro e último dia de Meo Marés Vivas a praia do Cabedelo encheu-se de sol e festivaleiros prontos para terminar, em grande, a maior festa nortenha da música.

Takanka, vocalista dos The Black Mamba, subiu ao Palco Santa Casa para mostrar o seu mais recente projeto a solo, com temas cantados em português que prometem vir a contagiar o panorama da música nacional. Seguiu-se Diana Matinez & The Crib, repetente neste palco, com a participação especial de André Tentugal e a tão esperada We Are The Ones, pelo público.

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Mais tarde, simultaneamente aos concertos do palco principal, o Palco Santa Casa recebeu ainda os portuenses Papillon com o seu ritmo contagiante a convidar quem por ali passava a ficar para um pezinho de dança.

O Palco Meo abriu com Beth Orton, a britânica vencedora de um BRIT Award que apesar de contar com mais de vinte anos de carreira, permanece pouco conhecida pelo público português e com um som melancólico foi aproximando algumas dezenas de pessoas ao palco.

Tom Odell, também britânico e vencedor de um BRIT Award, trouxe o novo álbum Wrong Croud (2016). Sentado ao piano e acompanhado por uma banda numerosa, Tom Odell foi desenrolando os temas estudados pelo público até chegar a Another Love, momento alto da noite, cantado em uníssono pelo coro festivaleiro e de bandeira nacional em punho.

Seguiu-se Rui Veloso com os seus trinta e cinco anos de carreira que naturalmente dispensam apresentações. Num non-stop de êxitos, Rui Veloso brindou as várias gerações presentes no Cabedelo com Todo O Tempo do Mundo, Primeiro Beijo, Nunca Me Esqueci de Ti, Não Há Estrelas no Céu, Chico Fininho ou Lado Lunar. Houve ainda tempo para guitarradas a solo acompanhadas pelas palmas do público que durante todo o concerto não se poupou nos aplausos, na cantoria e nos “Salta Rui!”. Era evidente a alegria de Rui Veloso por estar a atuar na cidade que sente como sua, tendo aproveitado Porto Sentido para um elogio ao povo do norte como “povo de paz”, nas palavras do próprio, e para uma homenagem às vítimas do ataque terrorista que ocorrera na noite anterior em Nice. O concerto fechou com Paixão, que entoou no recinto pela voz de todos, num momento emocionante a condizer com o pedido de casamento que se assistiu em palco minutos antes deste concerto.

James, pela segunda vez no Palco Meo do Meo Marés Vivas, surpreendeu tudo e todos com um arranque a verde, vermelho e amarelo ao som do instrumental de A Portuguesa. O hino nacional, cantado várias vezes de forma espontânea pelos festivaleiros ao longo dos três dias, ganhou assim mais forma e força pelas mãos da banda de Manchester liderada por Tim Booth, que subiu ao palco com a bandeira nacional felicitando o público pelo título de campeões europeus de futebol. No cardápio de James havia Interrogation e To My Surprise de Girl At the End of the World (2016) a abrir o apetite e logo ao quarto tema, Catapult, Tim Booth lançou-se sobre a multidão para um croud surfing que se viria a repetir inúmeras vezes ao longo do concerto. Os sucessos mais conhecidos do público não foram esquecidos, ouviu-se Laid, She’s a Star e Sometimes, protagonista de um momento arrepiante em que os festivaleiros repetiram vezes sem conta o seu refrão à capella após o tema já ter sido dado como terminado pela banda. Tim Booth, visivelmente emocionado com o carinho do público, permaneceu estático e de sorriso estampado no rosto a apreciar aquele mar de gente aos saltos e de braços no ar como que a pedir mais do mesmo. O artista recordou ainda a noite de há dois anos em que o público permaneceu debaixo de chuva (chuva a sério) durante todo o concerto e agradeceu a forma como James são sempre recebidos em terras lusas e especialmente aos nortenhos por “tomarem sempre conta de mim”. Antes da despedida, nada como um encore com Moving On, Nothing But Love e Getting Away With It (All Messed Up).

A fechar a noite no Palco Meo haveria ainda Wilson Honrado, enquanto o Palco Moche contava com Smuggla e Terzi. Como não poderia deixar de ser, o Palco Caixa trouxe o humor ao MMV com Luís Gomes, Joca, Francisco Menezes e Carlos Moura.

Terminam assim três dias de música e festa, desta vez com direito a um calor pouco comum para as noites no Cabedelo, mas com a casa cheia que o Meo Marés Vivas tem já alcançado nas últimas edições. Para o próximo ano fica prometida a 14ª edição do MMV a 13, 14 e 15 de julho, num local ainda por definir…

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