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Festival MEO Marés Vivas 2º Dia Foto-Reportagem

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Chegados à segunda noite da edição 2014 do Festival MEO Marés Vivas, e numa tarde fresca, os receios face às nuvens negras que já cobriam o céu do Porto eram tema de conversa no recinto.

O primeiro concerto da noite coube a João Só que foi entretendo os primeiros festivaleiros a chegarem ao Cabedelo. Os Plaza seguiram-se, usando de toda a energia e dedicação de que dispunham para apresentar os temas do novo álbum All Together, passados que estão quase dez anos depois da estreia desta banda portuense.

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A abertura do palco principal na noite de 6.ª feira fez-se com os Portugueses Clã. Senhores incontornáveis da cena musical nacional, têm andado na estrada a promover o novo Corrente. Um álbum de excelente qualidade que é, de acordo com muitas opiniões, um regresso ao que os Clã de melhor fazem. Manuela Azevedo é incansável na dedicação que coloca em palco, e no Cabedelo deu voz a uma seleção de temas novos que não esqueçou os grandes êxitos, passando por Zeitgeist, Também Sim, Basta, A Paz não te Cai Bem, O Sopro do Coração, Outra Vez, Aqui na Terra, Sangue Frio e Tira a Teima. A meio do concerto os Clã chamaram ao palco a fadista Ana Moura para tocarem e cantarem juntos 2 temas. As escolhas recaíram sobre Curto Circuito, música dos Clã com letra de Sérgio Godinho e Hélder Gonçalves, e Até ao Verão, tema da fadista, escrito por Márcia Santos. Na reta final do concerto ouviram-se os incontornáveis Problema de Expressão, Rompe o Cerco, Dançar na Corda Bamba e Asas Delta. Sabe sempre bem ver e ouvir os Clã.

James Arthur, jovem cantor de 25 anos que ganhou a nona edição do concurso britânico The X Factor em 2012, foi o senhor que se seguiu. Na praia do Cabedelo, Arthur e os seus temas Lie Down, Emergency, Roses, Suicide, Recovery, Waiting all Night, Supposed, Is this Love, Get Down e Yntsly cativaram principalmente um público feminino jovem que entoava as músicas do inglês em uníssono. O inevitável Impossible, single de estreia lançado pouco depois da final do concurso e que subiu de imediato a número um nos tops de singles do Reino Unido, encerrou uma atuação sem grandes variações e carregada de chuva.

James eram sem dúvida os senhores desta segunda noite do festival. Antes do concerto começar o recinto encheu-se com gerações que cresceram com as músicas da banda de Tim Booth. Originários de Manchester, os James formaram-se em 1982, tendo o auge da carreira ocorrido na década de 90. A banda tinha interrompido o percurso no início do século, mas em 2007 com o regresso de Booth, retomou atividade. No Cabedelo, Tim, como lhe é habitual, foi a estrela maior da companhia. Entrou pelo meio dos fãs, foi para as grades juntar-se ao público e não deixou de nadar em cima da multidão repetidas vezes. Choveu muito durante a atuação dos ingleses. Uma maré de chuva que mais parecia um dilúvio, mas ninguém arredou pé. Quanto mais não fosse porque Booth tem um grande poder de cativar e agarrar. Dedicado em doses que contagiam, e carregado de magnetismo, Booth liderou a banda que trouxe Loose Control, Come Home, All I’m Saying, Interrogation, Say Something, Tomorrow, e claro, Sit Down, Laid e Sometimes.

A debandada de público deu-se no fim do concerto dos ingleses. A culpada terá sido a chuva intensa que caía no Porto aquela hora, e que iria intensificar-se ainda mais antes da atuação seguinte começar.

Os resistentes ao mau tempo nortenho viram o palco principal do festival ser transformado numa nave especial e foram agraciados com o poder magnético do estreante DJ Skrillex, que deu intensidade à noite. Atuando cerca de duas horas num ritmo non stop e com incansável energia, o DJ de Los Angeles usou múltiplos efeitos (luzes, vídeos, fumos) para potenciar os seus sons mais vibrantes.

A festa continuou, à semelhança da noite anterior, no Moche Room.

Texto: Joana Vaz Teixeira
Fotos: Miguel Pereira

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