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Edição 464

Feira de Artesanato para trazer pessoas ao centro da cidade

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No segundo domingo de cada mês, o Centro Comercial D. Pedro V é palco de uma Feira de Artesanato. Objetivo dos promotores é reavivar o centro da cidade.

Tapetes cor-de-rosa com as feições de Hello Kitty em relevo, bonecos em forma de coelhinhos, a anunciar a chegada da Páscoa, gorros e casacos de bebé feitos em crochê, pintura em tecido, bijuteria de todas as formas e feitios, trabalhos em découpage, bolas de carne ou bacalhau. Variedade não falta na Feira de Artesanato do Centro Comercial D. Pedro V, que foi lançada em dezembro de 2013 e realiza-se no segundo domingo de cada mês.

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A iniciativa tem o objetivo de trazer as pessoas ao centro da cidade da Trofa, numa altura em que se vê “cada vez menos movimento”, facto agravado “pela falta de estacionamento” provocada pelas obras que se estão a realizar nos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Albina Barbosa, comerciante e uma das promotoras da iniciativa assistiu ao definhar do centro urbano e decidiu pôr mãos à obra. Através de uma amiga, juntou contactos e, atualmente, conta com a participação de 11 artesãos, oriundos da Trofa, de Ribeirão e de Santo Tirso. “Acho que as pessoas estão a aceitar e começam a divulgar. As pessoas já passam na rua e entram para ver”, sublinhou.

Com a banca montada à porta do centro comercial, a aproveitar o sol que despontou naquela manhã, Conceição Rocha viu no artesanato uma “fonte de rendimento” quando ficou desempregada. Tomou conhecimento da Feira “através do Facebook” e como nunca tinha participado em nenhum evento do género na Trofa, decidiu experimentar. “Não me posso queixar muito, porque vendi sempre, mas o movimento é fraquito. É complicado para as pessoas pararem porque não têm estacionamento. Lá dentro ainda é pior, aqui fora as pessoas passam e ainda olham e vêm ver. Nos dias em que choveu tínhamos de estar lá dentro e eram horas seguidas sem se ver ninguém”, contou.

Também numa tradicional análise do mercado, verificou que os artigos para bebé e criança, como pintura em tecido e materiais feitos em EVA (Espuma Vinílica Acetinada) se vendem mais, por isso decidiu apostar nesse nicho. “Com a crise, as pessoas compram mais para criança do que para adulto”, sublinhou.

Ao lado, Gracinda Ferreira e Helena Pinto, pela segunda vez nesta feira, partilham a companhia e experiências. A primeira vende “biscoitos, bolas de carne e de bacalhau” e o negócio “está a correr bem”. Já Helena é de um ramo diferente. De agulhas em punho, vai fazendo mais um trabalho para juntar ao espólio. Os gorros feitos em crochê são um verdadeiro sucesso. “Este ano, já vendi mais de 50. Como tenho um café, exponho lá os trabalhos e vou vendendo”, contou.

Para este mês, Sandra Barbosa decidiu levar bonecos a fazer lembrar a Páscoa, mantas feitas para os amigos de quatro patas e tapetes feitos em tear manual, com relevo. “Ainda estamos no início, mas está a correr. As pessoas estão a aderir e a aparecer mais. É isso que queremos, para apresentar o nosso trabalho e trazer público ao centro comercial”, sublinhou.

A morar na Trofa, Elisa Sousa está disponível para “qualquer tipo de costura” e ainda vende tapetes. “As pessoas dão-me as medidas, escolhem as cores e eu efetuo o trabalho”, referiu.

Já Helena Cunha e Olga Mendes, ambas de Ribeirão (Vila Nova de Famalicão), viram na Feira de Artesanato do Centro Comercial D. Pedro V uma oportunidade para “divulgar os trabalhos” e “vender, claro”. As artesãs consideram, porém, que o negócio “está muito mau ainda”, porque “não tem aparecido muita gente”. “Não há divulgação suficiente”, considera Helena Cunha.

Para impulsionar a iniciativa, Albina Barbosa está a equacionar “pedir ajuda à Câmara e à AEBA (Associação Empresarial do Baixo Ave) para ver se dão a oportunidade de divulgar mais a feira”.

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