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Edição 568

Exposição e livro contam a história da Capela Nossa Senhora das Dores

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Foi da vontade de um grupo de trofenses que no “Monte da Carriça”, agora chamado Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, nasceu um dos ex-líbris da Trofa.

A Capela Nossa Senhora das Dores tem como primeira data de referência 1766, ano em que entrou no Paço Episcopal o pedido para a edificação do templo. E depois da vontade popular, houve uma figura que fez da Capela o que ela é nos dias de hoje: o Conde de S. Bento custeou as obras de ampliação, no século XIX. Estes e muitos outros registos fazem a história de 250 anos da Capela Nossa Senhora das Dores.
O jubileu não passará despercebido na paróquia de S. Martinho de Bougado, que preparou um programa cultural para assinalar a efeméride, que já começou com um concerto da cantora trofense Alexandra Calado e a pianista Carla Quelhas. Com uma periodicidade quinzenal, outros se seguirão aos domingos à tarde, na Capela. “Já que foram feitas obras no Parque e porque este é um lugar de encontro, achamos que a Capela também podia ser um polo de dinamização cultural”, explicou Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, em entrevista ao NT.
Os concertos do Coro da Sé do Porto e do Coro Capela Antiqua, de Braga, merecem o destaque de Luciano Lagoa, por serem “uma referência no panorama sacro da vida da Igreja”.
No dia 1 de maio é inaugurada uma exposição temática no Fórum Trofa XXI, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, onde poderão ser vistas fotografias da Capela e algumas das mais antigas remontam a 1918, registos históricos e elementos iconográficos, com referência à procissão em honra de Nossa Senhora das Dores. Serão ainda expostas “obras artísticas inéditas”, assim como a imagem original da Senhora das Dores, que remonta ao século “XVII ou XVIII”, assinalou Luciano Lagoa.
Para completar a exposição, a paróquia contou com o apoio “de algumas pessoas”, que cederam “miniaturas da Capela”, que vão estar patentes na exposição.
O programa cultural inclui ainda a edição de um livro alusivo à Capela, que Luciano Lagoa considera que se vai tornar “uma referência para a cidade”, pois “vai ter um conteúdo histórico bastante aprofundado”, assim como servirá de “guia para outro património do concelho”.

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Iluminação é “calcanhar de Aquiles” do Parque
A longa escadaria que se erguia defronte da Capela deu lugar a uma longa praça. Esta é uma das principais alterações da imagem exterior do templo e que, segundo Luciano Lagoa, foi um dos pontos mais positivos da intervenção da Câmara Municipal. “Colocou a capela no centro do Parque e também as outras atividades que estão à volta o que, de certo modo, atrai mais pessoas”, frisou.
No entanto, “há alguns pormenores que podiam ser tratados de forma diferente”, defendeu o pároco, exemplificando com “alguma perda do sentido religioso, aspeto que se devia preservar um pouco mais”. Também a pouca iluminação é o “calcanhar de Aquiles” das obras de requalificação do Parque. “Há disponibilidade do presidente da Câmara para resolver esse problema, pelo que esperamos que esteja debelado em breve, porque sendo a Capela o centro do Parque não faz sentido tudo à volta estar iluminado e ela às escuras”, referiu.

O ex-líbris da Trofa
O valor patrimonial da Capela Nossa Senhora das Dores é inegável, até pelo valor sentimental que encerra junto dos paroquianos. Os painéis de azulejos interiores, que mostram as sete dores de Maria, são um dos objetos valiosos, a par “das peças escultóricas”. “Há, sobretudo, um sentimento de valor e ligação emocional que faz desta Capela um monumento único para as pessoas que vivem na Trofa”, explicou Luciano Lagoa.
A Capela Nossa Senhora das Dores foi um dos 25 templos escolhidos pelo bispo do Porto para o Jubileu da Misericórdia, instituído pelo Papa Francisco a 8 de dezembro de 2015 e que se estende até 20 de novembro deste ano. “O santo Padre pede-nos para refletirmos sobre a Misericórdia, ou seja, sobre o amor de Deus para com o seu povo a ponto de dar a sua vida. Uma das coisas que se pede neste ano jubilar é que se possa fazer uma espécie de percurso interior, que depois possa levar a uma conversão da nossa vida e que pode também ser espelhado exteriormente, através da peregrinação a essas igrejas jubilares, onde está incluída a nossa Capela. Nesses lugares, os fiéis procuram participar na Eucaristia e obter o perdão pelo sacramento da reconciliação. É uma espécie de renovação interior da vida, que leve a uma maior aproximação de Deus”, explicou.

 

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