Edição 767
“Esta atividade é muito importante para o Rotary, mas acima de tudo para as crianças de todo o mundo”
O Rotary Club da Trofa promove, a 12 de junho, uma caminhada solidária a favor da erradicação da poliomielite no mundo, com início no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro.
O Rotary Club da Trofa promove, a 12 de junho, uma caminhada solidária a favor da erradicação da poliomielite no mundo, com início no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Trata-se da segunda edição da iniciativa e marca também o regresso dos eventos presenciais do clube rotário liderado por Rosa Manuela Araújo. A caminhada será o último evento do mandato de Rosa Manuela Araújo, encerrando dois anos de presidência no Rotary da Trofa. A transmissão de tarefas deve acontecer até ao fim do mês de junho.
O Notícias da Trofa: Passado o período de constrangimento devido à pandemia, o Rotary vai regressar às grandes atividades presenciais e logo com a caminhada solidária a favor da erradicação da poliomielite no mundo.
Rosa Manuela Araújo (RMA): Esta atividade é muito importante para o Rotary Internacional, mas acima de tudo é muito importante para as crianças. Esta caminhada tem como finalidade a angariação de fundos para a aquisição de vacinas contra a poliomielite, uma doença pólio é uma doença vírica, que estava erradicada da África há cerca de quatro anos, mas apareceram novos casos há cerca de 15 dias no norte de Moçambique. Infelizmente, continua pandémica no Paquistão e Afeganistão. Esta doença transmite-se através de um vírus muito resistente e o facto de ter aparecido no norte de Moçambique dá-nos indicadores que ela se vai espalhar, tendo em conta que aquela é uma região de conflitos bélicos, de deslocação e de desalojados. Também é uma zona onde não há grande quantidade de água potável e o vírus também se transmite através da falta de higiene e de água com condições para consumo.
Na Trofa, esta já é a primeira, mas a segunda caminhada em favor a erradicação da pólio no mundo, porque fazemos parte de uma comunidade nacional e internacional, que desde há muito anos prometeu às crianças de todo o mundo que tudo faria para erradicar esta doença.
NT: A iniciativa conta com novidades relativamente à primeira edição?
RMA: Vamos ter outras atividades paralelas à caminhada, porque queremos que este evento seja um encontro das familias e que todas as pessoas possam participar. Entre o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro e a Alameda da Estação vamos ter uma feira da saúde, com a participação de várias instituições que vão estar disponiveis para fazer diversos rastreios. Teremos também a Academia Municipal Aquaplace a fazer o aquecimento e demonstrações e outros clubes com modalidades desportivas para as crianças. A Orquestra Urbana vai proporcionar um momento de animação na Alameda.
NT: Como é que as pessoas se podem inscrever?
RMA: No próprio dia, podem inscrever-se no recinto ou se quiserem antecipadamente, podem fazê-lo online, através da página de Facebook do Rotary Club da Trofa. Cada inscrição tem um custo de cinco euros, que equivalem à aquisição de dez vacinas. As crianças até aos nove anos não pagam. Aos participantes vamos oferecer um kit com algumas surpresas.
NT: Portugal esteve sempre na dianteira nesta luta contra a poliomielite.
RMA: Sim, Portugal esteve na frente da erradicação da poliomielite. Desde 1988 que a vacina da pólio integra o plano nacional de vacinação e desde 1995 que não há casos de pólio no nosso país. Por isso, não é uma doença muito conhecida, mas o facto é que continua a afetar muitas crianças, que quando a contraem ficam incapacitadas para o resto da vida. Esta é uma doença que, normalmente, afeta os membros inferiores e a parte muscular, podendo, inclusive, causar a morte. Embora a esmagadora maioria dos países ditos desenvolvidos tenham no seu plano nacional de vacinação também a inoculação contra a pólio, é fundamental que se continue a vacinar as crianças do mundo inteiro, porque basta haver um foco de crianças que não sejam vacinadas para o vírus se propagar rapidamente, porque é de muito fácil transmissão.
NT: Esta iniciativa marca também o fim do mandato enquanto presidente do Rotary da Trofa. Que balanço faz destes dois anos?
RMA: Foi muito gratificante. O primeiro ano foi muito duro, praticamente fizemos tudo em formato online, devido à pandemia, mas conseguimos desenvolver uma atividade que foi, talvez, aquela direcionada para as novas gerações mais impactante do distrito de 1970 do Rotary. Foi o Ryler, para o qual tivemos inscrições de muitos clubes do distrito e cerca de 50 participantes num evento que contou com palestrantes de alta qualidade, que vieram alargar horizontes aos jovens e também e habilitá-los para novas perspetivas de emprego e de futuro.
A Árvore dos Desejos foi uma atividade que desenvolvemos no Natal e que devemos repetir. A árvore esteve colocada no Fórum Trofa XXI e continha os desejos de meninos da Escolinha de Rugby da Trofa, que teriam dificuldades em fazer cumprir o seu desejo de Natal. Pedimos à população que fosse lá e que levantasse um envelope e que visse um desejo e se estava disponível para concretizá-lo e assim foi. O dia de entrega dos presentes foi uma atividade maravilhosa, pelo sorriso daquelas crianças. Saímos de coração cheio. Temos agora esta grande atividade da caminhada, através da qual gostaria de terminar em grande.
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