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Edição 624

Escolinha de Rugby quer ‘amplificar’ o projeto

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Nove semanas é o tempo que a Escolinha de Rugby da Trofa precisa para ‘amplificar’ o seu projeto.
Chama-se AMPlifica o programa de aceleração dos projetos sociais considerados muito relevantes e um exemplo em cada um dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP).
O objetivo é dotar os projetos de novas ferramentas que lhes permitam angariar financiamento, crescer e tornarem-se empresas sociais autossustentáveis. A Escolinha de Rugby da Trofa embarcou nesta aventura com a esperança de ver parte dos seus problemas resolvidos.
Depois do sucesso da 1.ª edição o AMPlifica voltou para ajudar outras instituições. Foram dez as que se reuniram na Fábrica de Santo Thyrso, um dos dois polos que acolhe o Centro de Inovação Social Metropolitano, localizando-se o outro a sul do Douro, em Santa Maria da Feira.
A Escolinha de Rugby conta, atualmente, com 56 atletas, entre os seis e os dez anos. O projeto iniciado há três anos pretende dar uma resposta desportiva de carácter social mas Ricardo Costa e Daniela Vieira, mentores do projeto, não têm conseguido responder a todos os pedidos. A lista de espera “é enorme” e a esperança reside agora no AMPlifica, uma vez que, segundo Ricardo Costa, podiam “ter quase o dobro dos atletas se houvesse mais capacidade para fazer face às inscrições, alimentação, seguro ou apoio médico”. Para Daniela Vieira a principal dificuldade “é criar sustentabilidade”. “Queremos amplificar o projeto com novas ferramentas, aumentar o número de crianças e jovens mas manter a qualidade”, complementou a mentora da Escolinha de Rugby da Trofa.
Os responsáveis pela Escolinha de Rugby já puseram mãos à obra e, em declarações ao jornal O Notícias da Trofa, afirmaram que tem sido “um trabalho árduo mas altamente produtivo”. “Estamos criar um conjunto de documentos que nos mostram a importância da nossa intervenção para a resolução do problema social identificado”, descreveram.
Ricardo e Daniela acreditam que “as respostas devem surgir antes dos problemas, otimizando recursos, alargando horizontes, por consequência geradores da mudança”.
Este Centro de Inovação procura otimizar “os recursos já existentes nestas duas incubadoras tecnológicas e desafiando-as a adotar uma noção mais ampla de inovação e negócios, nomeadamente, a inovação social e os negócios sociais”. O objetivo do programa é, essencialmente, “tentar ajudar a desenvolver as capacidades que se encontram em cada um dos projetos, de modo a tornar essas experiências capazes de funcionar autonomamente, sem estarem a espera do subsídio da Câmara ou do Estado”, esclareceu o primeiro-secretário da AMP, Lino Ferreira. “Uma empresa social não pode ter vergonha de ser social, porque se não gerar lucro não consegue sobreviver”, considerou Lino Ferreira. O primeiro-secretário da AMP afirmou ainda que quanto aos municípios devem encarar as empresas sociais “como algo que vai ajudar ao desenvolvimento económico”. As instituições já deram início aos trabalhos que culminará na apresentação do progresso dos participantes e casos de sucesso no Fórum de Empreendedorismo Social AMP 2020, que decorrerá em julho deste ano.

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