Desporto
Escolinha de Rugby da Trofa criou equipa de Touch Rugby (c/ vídeo)
Através da Escolinha de Rugby da Trofa, o concelho foi palco de um Torneio de Primavera, que serviu para pôr a equipa local à prova.
Serviu de treino e transformou-se numa modalidade. O Touch Rugby ganhou espaço no panorama desportivo mundial e nos últimos anos cresceu exponencialmente. Em Portugal, não é exceção e na Trofa também já tem praticantes. Através da Escolinha de Rugby da Trofa, o concelho foi palco de um Torneio de Primavera, que serviu para pôr a equipa local à prova.
Os primeiros treinos surgiram “em 2022”, de forma “muito casual”, conta Ricardo Costa, responsável pelo clube trofense, que atualmente tem uma equipa com cerca de 25 elementos, “de diferentes idades e quase em proporção igual entre homens e mulheres”. “Com esta secção, conseguimos trazer mais gente para o clube, que também se podem associar às dinâmicas da associação, em termos de voluntariado. E acabamos por dar uma resposta aos pais dos atletas que também queiram experimentar a modalidade e aos jogadores que, por alguma razão, tiveram de deixar de jogar rugby formal”, acrescentou.
Caracterizando-se pelo pouco contacto físico – feito apenas através de um pequeno toque -, o Touch Rugby surgiu, em 1968, na Austrália, como complemento de treino às equipas de rugby. Hoje em dia, conta com provas oficiais, incluindo o Mundial, que vai ser disputado este ano, em Nottingham, no Reino Unido.
“Acaba por ser uma modalidade que dá primazia ao jogo à mão, é muito rápido, exige uma grande estratégia e, pelo facto de não haver contacto físico, transformou-se num jogo social, inclusivo, onde homens e mulheres, de todas as idades, podem praticar”, sublinhou Eduardo Seabra, presidente da Associação Touch Rugby Portugal, que marcou presença no evento e aproveitou para dar um treino à recente equipa da Trofa.
Atualmente com cerca de 500 atletas a praticar a modalidade, a Associação Touch Rugby de Portugal deu as boas-vindas à nova equipa da Trofa, permitindo que organizasse o Torneio de Primavera, no campo de S. Mamede do Coronado.
Pedro Dias é pai de dois atletas da Escolinha de Rugby da Trofa e foi desafiado pela direção do clube para entrar na nova equipa de touch rugby. Na história que tem com a modalidade encaixa-se o adágio de Pessoa, de que “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. “Depois do terceiro treino, convenceu-me e agora é um vício. Daí ao Ricardo me convidar para ser diretor da secção foi um passo e sinto-me muito orgulhoso por fazer parte deste projeto, que é para todos e que pode fazer a Escolinha de Rugby crescer ainda mais”, vaticinou.
Mas com uma estrutura que, entre o rugby formal e o touch rugby, já supera a centena de atletas, há dores de crescimento que a Escolinha de Rugby começa a sentir.
“Neste momento, estamos a trabalhar em quatro campos distintos, em S. Mamede do Coronado, em Vila Nova de Famalicão, no Centro Logístico da Proef e campo de jogos do Atlético Clube Bougadense. Está a ser cada vez mais difícil aceitar atletas, salvaguardando que temos sempre de acolher os que nos são encaminhados pelas entidades que nos procuram, como a CPCJ. Mas a questão da falta de espaço para desenvolver o nosso trabalho é um problema que gostava de resolver, brevemente”, admitiu Ricardo Costa.
A equipa de Touch Rugby da Trofa treina duas vezes por semana, às terças e quintas feiras, às 19h00, no campo do centro logístico da Proef.
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