Trofa
Escolhido projeto para o Centro Cultural da Trofa (c/ vídeo)
O edifício, que será construído junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, está orçado em cerca de 20 milhões de euros.

O processo para a criação do futuro Centro Cultural da Trofa sofreu um avanço importante com a escolha do projeto de arquitetura através do concurso público de ideias, que contou com 13 candidaturas avaliadas. A proposta selecionada, assinada pelas arquitetas Alda Jesus e Enrica Mazzon, destacou-se pela integração harmoniosa no espaço urbano, funcionalidade e abordagem sustentável.
A cerimónia de entrega de prémios decorreu nos Paços do Concelho da Trofa, a 31 de janeiro, acompanhada da inauguração da exposição que reúne todos os projetos concorrentes e que pode ser vista até ao fim do mês.
O presidente da Câmara Municipal da Trofa, António Azevedo, classificou o momento como “o passo mais importante” para a concretização do que diz ser “um sonho” dos trofenses. “Agora vem a fase mais difícil, que é a execução e construção do edifício”, referiu o autarca, salientando que o projeto vencedor sobressaiu entre as 13 propostas avaliadas.
O edifício, que será construído junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, está orçado em cerca de 20 milhões de euros, um valor que terá de contar, obrigatoriamente, com comparticipação de fundos comunitários. “Já dei indicações para que o nosso vereador, em Bruxelas, procure financiamento”, afirmou António Azevedo, reforçando a necessidade de apoios externos para viabilizar a obra.
Um projeto inovador para o novo Centro Cultural
As arquitetas vencedoras explicaram que a visão por trás do projeto passou por “ensaiar diferentes layouts, tentando perceber a melhor forma de (o novo edifício) se relacionar com o meio envolvente tão variado”. “Concluímos que a praça era a melhor maneira de conseguir criar um espaço com um tipo de qualidade que desse uma possibilidade de explorar o espaço à volta das diferentes frentes”, referiu Enrica Mazzon. A fachada, com “carácter muito monolítico”, é a forma de explorar a luz, servindo para a “projeção de cinema ao ar livre”, enquanto os painéis rotativos “garantem ventilação e iluminação natural”, explicou, por sua vez, Alda Jesus.
O projeto prevê ainda uma residência artística suspensa, que, segundo o presidente da Câmara, “será uma das características mais marcantes, mas também das mais dispendiosas”.
Arquiteto trofense com a 3.ª proposta mais votada
O 3.º lugar do concurso foi atribuído ao arquiteto trofense Luís Cruz, que viu na iniciativa uma oportunidade para contribuir para a paisagem arquitetónica da cidade. “Desde o início, pensámos num edifício que funcionasse como um farol noturno, destacando-se na vida cultural da cidade”, explicou, referindo a preocupação com a transparência e fluidez entre os espaços interiores e exteriores.
“A primeira motivação para participar neste concurso foi, sobretudo, porque achava que era uma intervenção notável na nossa cidade e senti que era um desafio que não podia perder, porque podia, em primeiro lugar, refletir sobre esta intervenção e, depois, porque podia ter a oportunidade de vir a construir este edifício, que será um marco para a Trofa”, confessou.
O 2.º prémio foi para a Un-icon (Azmis Un-icon Studio, Lda.).
A exposição com os projetos estará patente no átrio sul dos Paços do Concelho e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 16h00.