Ano 2007
ESCLARECIMENTOS
1. O assunto que, nas últimas semanas, marcou o país político foi indiscutivelmente o caso da licenciatura do Primeiro-Ministro.
Vale a pena que nos debrucemos um pouco sobre o que está verdadeiramente em causa em toda esta polémica e os contornos que este caso está a assumir.
Em termos estritamente políticos, este assunto já minou mais a credibilidade do Primeiro-Ministro do que toda a oposição ao longo de dois anos! Este é um facto indesmentível…
A tão famosa capacidade de comunicação deste governo e a gestão eficaz das notícias foi claramente posta em causa, neste caso. O Primeiro-Ministro há muito deveria ter-se pronunciado sobre isto e as pressões, vindas a público, sobre os órgãos de comunicação social são inadmissíveis quando cometidas por titulares de órgãos de soberania!
Aos portugueses a questão mais importante não é saber se o Primeiro-Ministro do seu Governo é ou não licenciado. Temos aliás, excelentes exemplos de pessoas licenciadas com uma carreira profissional e que se revelaram péssimos políticos sem a mínima capacidade de gestão da coisa pública – não precisámos sequer de procurar muito para as encontrar… E temos igualmente exemplos de não licenciados que exerceram funções públicas de modo brilhante – cujo grande exemplo é, sem dúvida, Jacques Delors, o Senhor Europa.
Sendo verdade o que atrás referi, não podemos, no entanto, desvalorizar quem consegue uma licenciatura, sob pena de cairem por terra todos os argumentos que invocámos, nomeadamente, a necessidade imperiosa de aumentarmos a qualificação dos portugueses.
Neste caso, no entanto, a questão não é esta. O problema está em saber se o Primeiro-Ministro, na altura Secretário de Estado, beneficiou desse facto para, primeiro, conseguir a equivalência e, depois, ser beneficiado na sua actividade enquanto aluno da Universidade Independente e se, por essa via, mentiu ao país escondendo factos relevantes da sua vida académica.
Isto é tão mais importante quando hoje, milhares de portugueses fazem enormes sacrifícios para conseguirem que seus filhos frequentem e concluam o Ensino Superior em Instituições Privadas, não podendo admitir situações de compadrio beneficiando quem quer que seja.
Estes são os aspectos que importa o Primeiro-Ministro esclareça muito rapidamente.
2. Volto ao caso do Metro do Porto. O Ministro das Obras Públicas voltou a meter os pés pelas mãos no dossier do Metro escrevendo uma coisa e dizendo outra. Para já fica sem se perceber o que vai acontecer.
Quanto à exigência da obra do Metro na Trofa – única não executada nesta primeira fase estando prevista – lemos declarações indignadas do Senhor Presidente da Câmara da Maia e da Concelhia do PS da Trofa. Quanto ao Sr.Presidente da Câmara da Trofa… Nada! Estranho, não?
Parece que os autarcas da Trofa têm receio de bater o pé e de afirmar com veemência o que é melhor para o concelho…Quando tal não acontece, as pessoas dificilmente se revêm em quem tem a responsabilidade política pelos destinos da sua terra!
JOÃO MOURA DE SÁ
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